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AS PAIXÕES PELA EDUCAÇÃO

24-06-2016 - Henrique Pratas

Como é do vosso conhecimento diferentes Ministros da Educação dos diferentes Governos que exerceram funções nesta pasta declararam a Educação como sendo a sua Paixão, recordo do primeiro que foi João de Deus Pinheiro, que até foi mais longe e que afirmou: “ daqui a 5 anos o analfabetismo está erradicado em Portugal.

Como diz o Povo cheio de boas vontades está o inferno cheio e já passaram não sei quantos 5 anos e o problema do analfabetismo está cada vez pior e isto constituiu uma “paixão” de cada um dos ministros que por lá passaram, faria se não fosse.

Chego a esta conclusão porque na última quarta-feira fui abordado por uma senhora de cerca de 50 anos ou menos, que me colocou uma questão como é que se preenchia um dos formulários normalizados para que tivesse acesso, através do Serviço Nacional de Saúde, às fraldas porque devido a uma cirurgia tinha ficado incontinente.

Eu sem ter pensado mais nada e pensando que se tratava de uma cidadã que reunia as condições para entender o que lhe dizia, comecei a debitar a forma como se deveria preencher o “malfadado” formulário, mas a meio da conversa e como ela tomasse uma posição de atenção, bastante acomodada comecei a sentir que se passava algo de estranho ainda lhe perguntei se estava a ser claro, ela respondeu-me que sim e continuei com a explicação cada vez mais pausada até que com muita vergonha a senhora voltou-se para mim e disse-me, sabe eu não sei ler nem escrever, tinha acabado de levar com um balde de água gelada pela cabeça abaixo e pensei para comigo como é que era possível uma pessoa daquela idade não conhecer sequer as letras e os números, mas era verdade ela não sabia ler nem escrever, mas tinha vergonha de o assumir e eu questiono quantas pessoas existirão neste País nestas condições, com tanta paixão pela Educação pensei que tudo estava solucionado, mas verifiquei que não. Relativamente a esta situação eu resolvi-a mas a questão de fundo e que no meu entender não faz sentido nenhum é que ainda existam pessoas que não sabem ler nem escrever e há que tomar medidas para que se ponha um fim a esta chaga que ainda assola a população portuguesa, por mim estou disposto como estive logo a seguir ao 25 de abril de 1974, a participar em campanhas de alfabetização é uma questão de a sociedade civil se organizar nesse sentido e como eu haverá muito mais pessoas interessadas a dar o seu contributo para que neste País não existam pessoas que não sabem ler e escrever.

Isto passou-se em Lisboa o que fará no resto do País.

Henrique Pratas

 

 

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