Avaliação de Desempenho da Função Presidente da República
10-06-2016 - Henrique Pratas
Não sendo inédito, nem inovador entendo que chegou o tempo para fazer uma breve avaliação do desempenho no novo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Como vos escrevi a utilização desta metodologia não é inédita e devem-se recordar dos tempos em que o atual Presidente da República e ex-comentador político de um canal de televisão fazia semanalmente a sua avaliação política semanal, atribuindo notas, valores, a cada um dos analisados, eu não irei atribuir notas ou valores como quiserem porque entendo que a subjetividade perante os critérios utilizados é muito acentuada.
Assim uma olhando para o desempenho do atual Presidente da República podemo-lo considerar como bastante mais proactivo, mais popular e com uma dinâmica a meu ver muito exagerada.
Dá para ver que comparativamente ao anterior Presidente da República em exercício é a diferença do dia para a noite. O atual sendo mais culto, mais vivido, sabendo estar e com outro tipo de educação é notória a diferença para o macambuzio, pacóvio e inculto de má memória, eleito não se sabe muito bem como, mas o que é facto é que foi eleito duas vezes Presidente da República e outras tantas para o exercício da função primeiro-ministro, mas esta explicação ocorrerá mais tarde ou mais cedo de acordo com o apuramento da verdade histórica, ou então nós portugueses temos comportamentos masoquistas.
Mas indo ao concreto o atual Presidente da República tem pautado o seu comportamento por uma grande simpatia, estando presente em que tudo que é evento, próximo das pessoas, popular e simpático, tem demonstrado trabalho, se esse trabalho será bom ou mau vamos ver.
Na minha opinião considero-o exagerado o seu comportamento enquanto Presidente da República tem sido a continuação de comentador político, cargo que exerceu durante bastante tempo num canal de televisão, penso mesmo que não se apercebeu que o exercício da função de Presidente da República requer outro recato e uma mediação mais formal dos processos. Dá ideia por vezes que se quer substituir ao Governo legitimamente eleito pelos portugueses, não é essa a sua função, ele está num estadium superior, não sei se ainda se deu conta disso ou em alternativa está a tirar o poder que os media desempenham em qualquer sociedade para se projetar e não sabemos o que é que vem a seguir. Como é do vosso conhecimento ele utilizou os “proveitos” conseguidos ao longo dos anos em que teve “canal”, para praticamente não fazer campanha eleitoral e ter dar umas passeatas aos locais mais influentes neste País pois durante anos o seu “investimento” e capitalização dos proveitos foram-lhe disponibilizados pelos media.
Assim e reforçando aquela ideia de que nós portugueses não temos meio-termo, passámos do 8 para o 80, na minha opinião, de um cinzento, macambuzio, ignorante e pacóvio Presidente da República passamos para outro que por excesso, na minha opinião, é extrovertido, “popular”, quer estar “próximo” dos portugueses, culto, sabido e esperto. Foi o que escrevi passamos do 8 para o 80, nós como Povo não sabemos ter meio-termo e temo que as raízes do atual Presidente da República venham ao cimo, quero eu dizer com isto não nos podemos esquecer que ele é filho de um Ministro de várias pastas dos Governos de Salazar e Caetano, é mesmo afilhado de batismo de Marcelo Caetano, e mandam as regras que não se deve julgar os outros por aquilo que os seus familiares foram, mas que é preciso estar atentos porque podemos mais dia, menos dia e quando menos esperarmos estar a braços com um problema dos grandes é que esta história do populismo é o cerne da questão, se a sua postura for genuína e efetivamente e for no sentido de demonstrar que é possível assumir o cargo de Presidente da República, de forma igual para todos os portugueses e respeitando escrupulosamente o que ainda resta e que é muito importante salvaguardar da Constituição da República Portuguesa, caso este seja efetuado com outro sentido iremos ter grandes problemas e algumas lutas forte e acesas, porque entendo que a classe social e a sua base social de apoio não irá deixar perder mais uma oportunidade para se aproveitar da situação.
Termino deixando aqui um alerta ao senhor Presidente da República, abrande o seu ritmo, coloque-se numa posição de estadista sem se envolver em querelas partidárias, deixe isso para os partidos, não se meta nesta “invenção” que a direita fez do direito ao ensino privado ele sempre existiu e existirá, a questão de fundo é que não deve ser financiado pelo Estado e não pactue com esquemas, manigâncias, estratagemas quem têm sido postas em prática pelos pais, escolas privadas e outras partes interessadas, que os alunos frequentem o ensino privado em detrimento do ensino público onde foram realizados investimento de monta e se qualificaram professores para que agora não fiquem às moscas, aquilo que os partidos chamam gorduras do Estado, estão aqui há que rentabilizá-las, avaliá-las e pô-las a funcionar se é que não funcionam bem, há que saber porquê, não se pode acusar sem fundamento. Os papás dos meninos não podem querer um ensino privado para os seus filhos, para o qual não têm dinheiro para pagar, o ensino privado à séria é muito caro e tem níveis de exigência que não são compagináveis com as notas ou a avaliação escolar que é feita de cada um dos alunos, chega de "espertezas" para que os filhos possam ser doutores ou engenheiros, o País precisa que quados intermédios e profissionais devidamente qualificados e convençam-se que o valor é igual em ambos os casos, atrevo-me mesmo a escrever que são mais importantes nestes últimos, deixem os vossos filhos ser felizes e serem aquilo que gostam de ser e não aquilo que vocês querem que sejam, é que às vezes dá mal resultado.
Em síntese o pepel de Presidente da República tem sido bem desempenhado mas devia-o ser feito de forma mais comedida e estadista, não sujeita a escorregadelas, sejam elas premeditadas ou não,.
Henrique Pratas
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