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Processo de Tomada de Decisões

03-06-2016 - Henrique Pratas

A tomada de decisão do Ministro do Trabalho da Solidariedade e da Segurança Social deve ser tomada como exemplo para todos os dirigentes a Administração Pública não pode continuar a ser um nicho onde os partidos que compõem o arco da Governação acolhem os indigentes, incompetentes para o exercício de cargos públicos, chegou a altura, só peca por tarde de as pessoas que são colocadas em lugares para “reger a coisa pública” se convencerem que não estão a gerir interesses particulares ou privados mas sim a defender os interesses de todos os cidadãos deste País e mais quando são nomeados, são-no como representantes legais de um Povo que os elegeu e lhes atribui a responsabilidade de gerirem “a coisa pública” o melhor que podem e sabem.

Todos sabemos que não é isto que tem acontecido ao longo dos anos, encaram a assunção destes lugares como vitalícios independentemente das barbaridades que foram cometidas, já há muito que isto deveria ter tomado outra forma, mas sempre mais vale tarde do que nunca. Os detentores desses cargos têm que se convencer que foram nomeados para servir e não se servirem, se não concordam com isso não podem nem devem praticar atos que prejudicaram toda uma população que à custa de muitos sacrifícios e de uma vida muito perto do limiar de pobreza, para não escrever mesmo pobres, suportam todos os desmandos de uns “iluminados” que são escolhidos não se sabe como, onde o profissionalismo no desempenho de funções anteriores pouco conta e o compadrio, a amizade e o facto de serem da cor A; B ou C, acrescenta valor. Temos que acabar com o Corporativismo, a sociedade pobreza ainda não se libertou deste modelo criado pelo Estado Novo, onde a cunha, o favor, o jeito, prevalecem relativamente a critérios bem mais objetivos, se é com medidas tomadas pelo Ministro do Trabalho da Solidariedade e da Segurança Social que as coisas têm que ser alteradas então que seja, porque na minha opinião já levou tempo demais a “derrubar” este modo de escolha dos nossos dirigentes na Administração Pública. Estavam habituados a perfeitos feudos em que alguém que vinha da região do País para que alcançasse astuto e influência na sua área onde desenvolve a sua atuação politica colocasse os designados “peões de brega” para que desta forma e mediante uma obediência cega como convém nestas situações, estivessem a par de todos os traques que de dessem nos locais onde colocavam os informadores não forçados a facultarem-lhes a informação para se poderem manobrar na cena politica portuguesa.

Se este Governo tiver condições para mudar este paradigma, palavra tão utilizada, mas muito pouco praticada, já valeu a pena e é um excelente trabalho que presta ao País, vamos lá por de parte o Corporativismo bacoco que existe nos médicos, enfermeiros, economistas, engenheiros, bancários, forças militares, forças paramilitares, funcionários públicos e funcionários do sector privado, e proceder como cidadãos normais de corpo inteiro, responsabilizando-se pelos atos que tomam e reconhecendo os erros que praticam. Só não se engana quem nada faz o errar é humano, não há que ter medo, uma sociedade é composta por processos de tomada de decisões certas e erradas, não há que ter medo, temos é que ganhar a consciência disso e isto parece-me que está a levar muito tempo. Uma decisão errada, se não for grave pode ser corrigida, o não tomar decisões é muito pior, porque nunca existe a possibilidade de a corrigir, como é que se posso corrigir algo que não se fez? Eu não sei, mas tenho a certeza que uma decisão que seja tomada e que se venha a reconhecer que foi errada esta sim é passível de correção em tempo oportuno porque quem acompanha diretamente ou por delegação de competências, tem a responsabilidade acrescida de controlar, acompanhar a medida que foi implementada e introduzir os fatores de correção que entenda necessários.

Não temos que ter medo de assumir as nossas responsabilidades, não podes andar a fazer ao faz de conta e assobiar par o ar como se estivesse tudo bem, já se verificou que não, então temos que alterar a nossa maneira de ser e de estar para mudar o atual estado de coisas e isso só se faz com a colaboração de todos e através de postura mais proactiva na nossa sociedade, não quero que andemos a policial isto ou aquilo, não é por aí, o caminho é quem desempenha as funções para as qual é nomeado tem que as fazer com responsabilidade, seriedade e profissionalismo imaculável, por forma a que a “gestão da coisa pública” seja feita com racionalidade, eficiência, eficácia e que sirva de modelo ao funcionamento das Organizações. Os bens que temos à nossa disposição não abundam, por isso mesmo estes terão que ter imaginação e competência suficiente para saber gerir os bens escassos, porque já vimos e assistimos, quando há abundância todos são muito bons embora mais tarde se venha a constatar que não foi dado o aproveitamento necessário nesta situação e muitas vezes em situação de rutura ela decorre do facto de ter-mos andado à vara larga e não termos sabido fazer as aplicações certas, para na faze de que quebra exista um “mealheiro” onde nos possamos socorrer, nós somos assim quando temos gastamos, quando não temos carregamos em cima da população, dos pensionistas, dos trabalhadores por conta de outrem, porque quem nos Governa, não está disposto a abdicar das suas mordomias.

Isto é perfeitamente errado os nomeados para o exercício de cargos públicos deveriam ser os primeiros a dar o exemplo e as primeiras medidas de contenção deveriam começar poe eles, mas não temos assistido a isso, mas nunca é tarde, mais numa mudança de Governo e dentro do nosso quadro de funcionamento, se algum dos nomeados não está de acordo com as medidas que o novo Governo que inicia funções deveria em meu entender, colocar o lugar à disposição, pelo simples facto de não partilhar das mesmas ideias do Governo que inicia funções e é aqui que se vê o carácter das pessoas, não existem lugares eternos para ninguém, as pessoas que são aí colocadas foram-no pelo facto de melhor servir o País e não podem nem devem constituir-se como uma força de resistência às novas medidas de politicas que se querem implementar, isto sim seria o nosso País no nosso melhor, o pior que anda tudo à procura do tachinho e larga-lo é tão difícil, porque apenas se perde uns dinheiros de favor ganhos à custa de favores, isto só demonstra a nossa pequenez e pobreza de espirito.

Henrique Pratas

 

 

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