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O SONHO

06-05-2016 - Henrique Pratas

“O sonho comanda a vida….) escreve o poeta e escreve muito bem.

De ontem dia 3 para 4 de maio do ano de 2016, tive um sonho brilhante que partilho convosco.

Eu que tenho ideias “brilhantes” tive o seguinte sonho que lhes passo a descrever. Eu e um grande amigo meu, companheiro de muitas “viagens” por este País à beira-mar plantado, resolvemos comemorar o 25 de abril à séria. Alugámos um PANZER, há! ainda falta outra personagem no sonho Salgueiro Maia, depois de alugado o veiculo militar decidimos entrar em Lisboa pela madrugada, não parando em sinais vermelhos nem nada, a cidade estava deserta, mas nós lá continuámos, só que em vez de irmos para direitos ao Terreiro Paço, ainda parámos na Versalhes, para tomar o pequeno-almoço e o PANZER parado em segunda fila, e a populaça que já começa a sair para ir para o trabalho, espanta-se de admiração de ver ali parado um veículo militar, Salgueiro Maia, sempre na sua maneira de estar vertical, sereno e tímido e eu o meu amigo a gozarmos com a situação que nem uns pretos, riamo-nos do ar das pessoas de soslaio, mas estávamos a ter um prazer enorme no que estávamos a fazer. Acabadinhos de tomar o pequeno-almoço na referida pastelaria, arrancámos direito ao Rossio e no meio do mesmo parámos de novo o PANZER mesmo no meio do Rossio e dirigimo-nos para a ginjinha pois já eram horas de tomar um aperitivo e lá os três da vida airada dois esfuziantes e um tímido, mas sempre a alinhar comigo e com o meu amigo. A mesma situação agora com mais pessoas na rua apavoradas por acharem estranho estar ali estacionada tal viatura. Ah, existe um outro pormenor estávamos os três com o camuflado vestido. Chegados ao Rossio impávidos e serenos dirigimo-nos para a ginjinha do Rossio e aí as pessoas acercaram-se de nós e questionaram-nos o que é que se estava a passar e nós com ar militar e convictos do estávamos a fazer, lá íamos dizendo às pessoas que estávamos em “manobras”, mas não dizíamos mais nada, Salgueiro Maia, impávido e sereno, mas já tinha dificuldade em não responder às pessoas, mas eu e o meu amigo conhecendo este principio antecipávamo-nos na resposta para que ele não falasse. Não contentes com isto, fomos, a pé há Rua do Arco de Bandeira, também no Rossio e fomos tomar mais um aperitivo, desta vez um “eduardinho” que faz sempre bem antes de almoçar. Mas o sonho não acaba aqui, voltamos a entrar para dentro do Carro de Combate e vamos direitinhos ao Terreiro do Passo, que agora está com uma Praça bem bonita e com a proibição de estacionar na mesma, nós decidimos estacionar mesmo junto à estátua com vista para o Rio Tejo. Saímos e aqui a porca já torceu mais o rabo, porque apareceram polícias, cidadãos comuns, funcionários de Ministérios muito intrigados e ansiosos por saber o que é estava a ocorrer, mantivemos a mesma tese, estávamos em “manobras”, um dos polícias ficou estarrecido pois não tinha conhecimento de nada e pediu-nos que entregássemos o pedido de autorização para o feito. Nós com um ar muito sério respondemos, o senhor está a duvidar de nós, acha-nos com cara de andarmos a brincar às guerras e a criar esta instabilidade na população, o polícia encolheu-se não perguntou mais nada e foi-se embora para a esquadra e nós dirigimo-nos para o Martinho da Arcada onde almoçámos e bebemos requintadamente, às gargalhadas, com toda a gente a olhar para nós e nós muito consistentes no nosso papel.

Como lhes escrevi almoçámos muito bem e como estava um dia soalheiro antes de seguir viagens para novas paragens, aproveitámos o sol que se fazia sentir.

Chegado o momento de arrancar para novas paragens, decidimos passar pelo Largo do Carmo e parar o PANZER, na placa central frente ao Quartel do Carmo, GNR, saímos e dirigimo-nos para uma esplanada para beber um refresco estava muito calor, pedimos 3 copos de groselha bem frescos e com limão, entretanto o sentinela que estava no Quartel da GNR, como não podia abandonar o seu posto, carrega efusivamente numa campainha, que faz soar a algo de estranho e quase imediatamente um graduado da GNR, aproxima-se da porta e com grande espanto fica especado a olhar para o aparato, manda imediatamente fechar as portas e ordena o recolhimento do sentinela e com muito receio aproxima-se de nós. Muito a medo pergunta-nos, "senhores oficiais passa-se alguma coisa que eu não saiba?", mas o pânico já estava instalado com as lojas, as pastelarias tudo o que era comércio a fechar. A nossa resposta manteve-se, estamos em “manobras” o interlocutor receoso aceitou a nossa resposta, porque para além da nossa resposta que sempre dávamos a quem nos interrogávamos, acrescentámos que estávamos apenas de passagem, tínhamos saído apenas para beber um refresco, pois o calor era muito.

Mas enquanto não saímos dali a normalidade não voltou e esta paragem foi a mais breve possível o tempo necessário e suficiente para beber o refresco.

Acabado de beber o dito refresco voltámos a entrar para o PANZER e descemos a Calçada do Sacramento e fizemos o percurso inverso, em plena hora de trânsito, e decidimos que antes de regressar a Santarém local de partida, ainda que tínhamos que jantar. Para causar aparato decidimos parar no final do Campo Grande antes de entrar na 2.ª circular para apanharmos a estrada de regresso.

Novamente o mesmo aparato, agora já com polícias, a população, seguranças de empresas privadas, tudo o que eram forças paramilitares públicas e privadas à nossa volta e nós sempre fiéis ao nosso argumento, jantámos e voltámos para retomar a viagem de regresso, só que desta vez tínhamos, tudo o que eram forças paramilitares públicas, em redor do carro de combate. Conclusão o mesmo ficou bem guardado, não pagámos multa por não ter moedas no parqueamento e tomámos o rumo a Santarém a rir a bandeiras despregadas porque com um simples gesto tínhamos colocado o País em alvoroço.

Talvez o texto devidamente analisado por quem tem competências para o fazer tire outras conclusões, o nosso motivo, em sonho, foi apenas o de agitar, chocalhar, como queiram, este País.

Entretanto tocou o despertador e acordei, para mais um dia de trabalho e menos um dia de vida, para a realidade, mas satisfeito com o sonho que tive e decidi partilhar convosco.

Henrique Pratas

 

 

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