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TEMOS DIREITO A VIVER

06-05-2016 - Henrique Pratas

Todos vocês provavelmente em momentos de solidão, já pensaram o que é a vossa vida, e analisando o que é a vossa vida diária, chegam à conclusão que, levantam-se vão para o trabalho, aqueles que o têm, porque o que os não têm estão pior.

Antes de saírem de casa fazem a sua higiene pessoal, tomam o pequeno-almoço em família quando a têm, alguns de vós levam os filhos à escola e depois encaminham-se para o vosso trabalho e isto é feito por vocês 365 dias no ano, já deram conta os gestos que repetem diariamente e o tempo que isso lhes rouba, porque se entrarmos em linha de conta com o regresso do trabalho e as tarefas do final do dia, que nos retira mais um bocado significativo do tempo que devíamos dedicar à família, o tempo que sobra para nós, marido e mulher é muito reduzido e questiono eu, então o tempo para outras atividades, ler, ir ao cinema, estar com a família onde é que está?

Se virmos bem passamos uma vida a trabalhar a levar os meninos à escola, às suas atividades e nós onde é que ficamos, espremendo tudo isto qual é a nossa vida em termos efetivos.

Chegamos a uma conclusão nenhuma, porque é trabalhar, quando existe trabalho, casa emprego e emprego casa, ora isto vezes o n.º de anos de trabalho que pela Segurança Social, terá que ser pelo menos 40 anos, ficamos doidos ou quase.

Tudo isto para vos chamar à atenção para as medidas tomadas pelo Governo Francês que decidiu reduzir os vencimentos e mordomias dos Ministros e a idade de reforma para os 60 anos. Estas sim são medidas de politica económica que um Pais que está interessado em combater o desemprego e equilibrar a sua economia. Ao reduzirem as mordomias e vencimentos dos políticos, ministros incluídos, estão a dar um exemplo excelente aos cidadãos que os sacrifícios começam por cima e cá o que é que se fez, tudo ao contrário.

Ao reduzirem a idade de reforma estão potencialmente a criar novos postos de trabalho e simultaneamente a criarem emprego, cá aumenta-se a idade de reforma em meu entender mal, porque a perspetiva de uma carreira contributiva de um jovem que inicie funções é potencialmente maior do que um trabalhador mais perto da idade de reforma, se juntarmos a isto tudo a baixíssima taxa de natalidade que existe em Portugal que está num filho por casal, daqui uns anos a população portuguesa passa dos atuais 10 milhões para 7 milhões de habitantes com grande proeminência para uma população envelhecida.

Ora se taxa de natalidade é baixa e entende-se bem por que razão ela atinge os níveis tão baixos, como nunca atingiu, como é que os casais podem ter filhos se a maior parte das vezes o rendimento que auferem, não chegam para os dois quanto mais para três. Todos sabemos que o Povo Português é muito resiliente e que se acomoda a tudo, mas não é parvo e sabe fazer contas, ter um filho nos dias de hoje, para além de ser uma grande responsabilidade, custa muito dinheiro, logo dois ou três custam muito mais.

Os políticos que nos dirigem deviam pensar nisto uma economia não se pensa a curto ou imediato prazo se é que querem que o País continue, porque se for para acabar, estão no caminho certo.

Como eu não parto deste princípio entendo que as medidas de política económica, que deveriam ser tomadas a curtíssimo prazo, seriam a de reduzir a idade de reforma, para os 60 anos, reduzir o horário de trabalho semanal para as 35 horas e reduzirem os vencimentos e mordomias, incluindo as subvenções vitalícias dos políticos e dos juízes, com estas medidas já se poupava muito dinheiro e simultaneamente criava-se emprego, obviamente que estas medidas seriam acompanhadas de outras que sustentam as que elenquei.

Quando eu vejo a França a tomar as medidas que são públicas não entendo porque é que os nossos políticos, não as leem e não se interrogam sobre os efeitos das mesmas.

Tudo isto é muito estranho, mas quando atingirmos a idade de reforma se é que lá chegamos vamos direitinhos para a cova, e então a nossa vida resume-se a isto?

Henrique Pratas

 

 

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