Acidente em França
01-04-2016 - Henrique Pratas
A Prevenção Rodoviária defende fim de “negócio sujo”, só agora questiono eu, este tipo de transporte sem condições de transporte e de segurança de qualquer espécie toda a gente sabe que ele existe, porquê só agora questioná-lo, porque faleceram 12 pessoas, agora é tarde infelizmente para os que faleceram e o IMT, sabe muito bem que este tipo de transporte existe, vou mais longe até as autoridades portuguesas e espanholas sabe que o mesmo ocorre, para quê tanta admiração agora. Sinceramente não entendi e achei até inusitado o “folclore” que todos os canais de televisão fizeram sobre esta matéria, que durou os dias de Páscoa até Domingo e irá continuar com certeza, melhor seria terem atuado antes.
Eu próprio sei que isto acontece, porque das vezes que fui a Espanha, quando parei para abastecer a viatura vi viaturas como a que se deu o acidente a pararem também para abastecerem e para os transportados se levantaram e poderem esticar as pernas e ir fazer as suas necessidades, eu fiquei boquiaberto, quando vi sair da carrinha tantas pessoas, mas como estava a Guarda Civil e viu o mesmo como eu mas fizeram vista grossa, este esquema estava muito bem montado, provavelmente meteria também um esquema de “luvas”. Agora nada há a fazer, ou há se existir vontade política para o fazer, conhecida que é a situação há que tomar as devidas precauções, porque elas vão continuar, pelo simples facto de os emigrantes gostarem de vir à sua terra natal, mas gastando a menor quantidade de dinheiro possível, para poderem amealhar o mais que podem. Por um lado entendo esta posição por outro não, porque é que as pessoas preferem pôr a vida em causa, correndo riscos desnecessários, quando têm alternativas, bem mais seguras e sem esquemas de atividade duvidosa.
As autoridades estão a investigar as causas do acidente. Um dos factos a apurar é se a carrinha estaria preparada para transportar 13 pessoas.
Na sequência do acidente em França, que vitimou 12 emigrantes portugueses que vinham passar a Páscoa a Portugal, o presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa defende que o Instituto da Mobilidade e Transportes (IMT) deve contribuir para acabar com o que classifica de “negócio sujo”.
“Se o IMT sabe que em Portugal isto acontece e são entidades portuguesas que vão à Suíça e à França buscar compatriotas nossos para os trazer nessas circunstâncias verdadeiramente abjetas, é necessário acabar radicalmente com este tipo de negócio sujo”, considerando que, “por um lado, as pessoas têm de ser responsabilizadas, por outro, as autoridades também têm que ter uma especial atenção”.
Os investigadores vão "reconstruir a carrinha a partir dos destroços" para tentarem determinar "se tinha sido construída especificamente para o transporte de pessoas", o que parece "pouco provável", precisou também o Ministério Público de Moulins.
O esquema, o desenrascanço, a forma de ganhar algum dinheiro extra fora das regras legalmente impostas, são práticas comuns na nossa sociedade, gostamos disso, está na nossa essência, mas quando acontece algo de errado o assumir das responsabilidades não existe, porque todos os intervenientes sabem que estão a praticar uma atividade ilegale as instituições que deveriam fiscalizar estas situações incluindo a GNR, não o fazem porque será?
Henrique Pratas
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