Voltarei a ser feliz
quando novos perfumes e flores
invadirem as nossas cidades
e se soltarem, de novo, os poemas…
Voltarei a ser feliz
quando voltarem, de novo, as canções,
haja rostos, de novo, a sorrir,
com a primavera, por ruas e praças…
Voltarei a ser feliz
quando, de novo, as colinas e prados
forem de paz e mundos abertos
que não ponham limites nos sonhos…
Voltarei a ser feliz
quando puder subir aos outeiros
para fruir as verdes searas
a ondular na extensão da planura…
Voltarei a ser feliz
quando, de novo, a Pátria sorrir,
a fome não espreitar tantas vidas
e o caminho já não seja de escolhos…
Voltarei a ser feliz
quando se forem os comedores de dinheiro
e os governantes lacaios da finança
com seu séquito de fieis servidores…
Voltarei a ser feliz
quando a Pátria voltar a ser nossa
e já não espreitarem os poderes ocultos
que nos roubam a esperança e o sonho…
E… quando a nova primavera chegar…
para trazer dignidade e justiça
e abrir um novo caminho…
VOLTAREI A SER FELIZ
ater alegrias, sonhos e esperanças.
Matos Serra
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