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“Governo adia as 35 horas para o fim do ano para satisfazer Bruxelas”

05-02-2016 - Adam Smith

Hoje não podia ter acordado da pior maneira, quando acordo, abro sempre a televisão para ver as capas dos jornais e eis quando apresentam a capa do Jornal I e deparo com o título que dá o mote a este meu texto.

A ser verdade esta cedência que o Governo do PS faz à União Europeia, vem demonstrar mais uma vez que é pior que o PSD e o CDS/PP juntos, porque estes já nós conhecemos e só se deixa enganar quem quer ou quem de facto concorda ou é beneficiário das políticas que os mesmos queriam continuar a implementar, mas agora o PS faz pior, prometeu durante a campanha eleitoral, através do seu Secretário-Geral, agora Primeiro-Ministro que iria repor tudo o que anterior Governo tinha retirado aos trabalhadores, é facto que não o disse quando é que o ia fazer, mas agora recuar na redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais é uma tremenda asneira e falta de respeito pelos eleitores, cede às “birras” de Bruxelas e na minha opinião fica muito mal na fotografia perante quem votou neles.

Não entendo esta “birra” de não quererem repor o horário de trabalho nas 35 horas semanais é para dizerem que nós temos o custo do salário mais baixo dos Países que compõem a União Europeia? Mas esta medida não vai criar mais empregos porque os detentores do capital não vão criar mais empregos o que vão fazer é desbaratar ou aplicar os recursos financeiros que obtêm em atividades especulativas que deem um rendimento mais rápido e sem grandes riscos, eles não vão reinvestir nas empresas para que estas possam produzir mais e melhor. Recordo-me aqui das palavras ditas por um Primeiro-Ministro por acaso Socialista, que me disse ao ouvido, depois de termos passado por uma reunião com empresários portugueses, “Henrique temos uns empresários perfeitamente insuportáveis e muito pouco qualificados” o que era de facto verdade as exigências feitas na altura reportavam há época medieval e a visão estratégica enquadrada no desenvolvimento do País nula, saímos os dois perfeitamente desanimados. Só partilho esta informação convosco para vos dar a noção da qualidade dos empresários que tínhamos na altura, que não é muito diferente do que a que temos agora, se agora não for pior.

Os nossos empresários querem um lucro fácil, tão rápido quanto possívele não estão dispostos a reinvestir o capital gerado pelo investimento inicial, é por este motivo que muitas das nossas empresas foram e vão à falência porque descapitalizam as empresas em proveito próprio ou de outros interesses que não seja o desenvolvimento sustentado da economia, eles estão-se a lixar para o País, querem única e exclusivamente os seus bolsos cheios. Certo que há honrosas exceções, nem todos são assim, mas o sistema financeiro tal e qual como está absorve aqueles que não pensam da mesma forma e levam que alguns deles tenham que manter práticas com as quais não concordam para poderem sobreviver.

A situação do País em termos financeiros é uma perfeita desgraça isto tudo por causa das aplicações financeiras e das engenharias que foram realizadas aliadas à concessão de crédito ao desbarato, em que o crescimento dos setores produtivos acompanhassem este crescimento exponencial da ganância de poucos em proveitos próprio, que a única coisa que pretendem é encher os seus bolsos e o País não interessa. As práticas realizadas são feitas à margem da lei que está aprovada pelos organismos competentes deste País, só que a sua aplicação não é suficientemente acompanhada e o desrespeito pela mesma é total, as Instituições simplesmente não funcionam ou se funcionam, também estão inquinadas e cerceadas pelo poder politico e muitos dos trabalhadores ficam de pés e mãos atadas quando detetam alguma coisa que não se enquadre dentro do sistema legal criado para o efeito, acompanham os objetivos dos detentores do capital, dos afilhados e dos restantes compadres e comadres que compõem o pequeno, grande para a dimensão do nosso País, número de beneficiados.

Mas voltando à questão da redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, ela a não acontecerjá, vem provar que o PS fez promessas em sede de campanha eleitoral que agora não “pode” ou não quer cumprir. Se esta reposição for dilatada para o final do ano, o Orçamento não irá deixar de ser aprovado porque o PS pode sempre contar com os votos do PSD e do CDS/PP, tanto mais que eles nem falaram nesta matéria em sede de campanha eleitoral e o PS vai ter que ouvir que o que estão a fazer é aquilo que o anterior Governo queria e que não estão a inovar em nada. Não se pode nem deve prometer aquilo que não se pode cumprir, se este Governo vier a recuar na redução do horário de trabalho, não tem explicação nenhuma em que se possaacreditar ou que seja consistente, nem o facto de não conhecer bem a situação em que o anterior Governo deixou as contas Públicas, não têm desculpa possível e perante os portugueses que neles acreditaram, vão ser desconsiderados, porque o Povo está farto cansado de mentiras e um destes dias temos uma taxa de abstenção nas eleições superior a 70% e pergunto eu a acontecer esta situação vale a pena haver eleições? Esta questão não é só minha tenho-a escutado a muitos cidadãos, com medidas destas em vez de aproximarmos os eleitores do centro de decisão estamos cada vez mais a afastá-los mais e depois para conseguir que os mesmos voltem a acreditar no sistema em vigor vai ser o cabo dos trabalhos, porque depois de criado este clima de desconfiança de desacreditação do sistema politico atual só se as eleições forem obrigatórias e com fortes penalizações para os eleitores, porque de outra forma não vão lá.

Tanto trabalho para que houvesse eleições livres neste País e agora uma bandidagem de militantes que se iniciaram nas J’s e que nunca trabalharam em nenhuma organização e não sabem o que custa viver, porque nunca tiveram que gerir os parcos dinheirinhos que resultam do exercício de uma atividade profissional, deitam tudo a perder, sem respeito pela memória daqueles que lutaram e muitos deram a sua vida para que este País fosse um País livre, onde os cidadãos podem ser livres exercer os direitos consagrados na Constituição da República Portuguesa e na Carta dos Direitos Humanos e por inerência assumissem as obrigações daí resultantes.

Termino fazendo referência a uma informação que acabei de receber que um membro do Governo já veio desmentir esta não notícia, mas para ela aparecer é porque ouve ou havia intenções dilatórias quanto à sua aplicação, tal como a mulher de César não basta aparentar que é séria é preciso sê-lo de facto. Chega de brincadeiras com a vida das pessoas.

TENHAM VERGONHA NA CARA, DEEM-SE AO RESPEITO, TENHAM DECÊNCIA…….

Adam Smith

 

 

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