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A Europa, Nós e os outros

18-09-2015 - Eurico Henriques

Estamos a assistir, diariamente, a um espetáculo de gentes em movimento, de tal natureza, que nos afeta e preocupa.

Creio mesmo que nunca tive oportunidade de ver tal coisa pois já nasci fora do que se chama a 2.ª Guerra Mundial.

A situação criada por este movimento massivo e ininterrupto de gentes está a provocar reações de vária natureza. O certo é que não parece acabar, nem estarmos próximos de um fim.

Do mesmo modo que qualquer pessoa interessada e com direito a manifestar a sua opinião, escrevo algumas considerações que me parecem lógicas.

Sempre houve movimentos de gentes, principalmente na Europa. Desde tempos remotos que este continente, abraçado à velha Ásia, recebe quem vem de outros lugares e proveniências. Os motivos foram, genericamente, os mesmos: procura de segurança, mais conforto e paz. É o triunfo desta extensa região do nosso globo azul, do seu modo de vida, da sua religião. Agora o que está em causa será o receber esta multidão infinda que foge. Não sei se foge ou se procura outros meios de vida e mais humanidade.

Considerando os valores civilizacionais que estão em confronte neste momento – conflitos religiosos e políticos, predominância do radicalismo criminoso – o triunfo da Europa está em ser vista como o espaço onde se pode viver em harmonia. Claro que já passámos por situações mais ou menos parecidas, mas como já referi, eu não as vivi tão intensamente. É também claro que passei por uma situação idêntica – o êxodo de Angola e Moçambique.

O que verifico é que não podemos fazer julgamentos apressados sobre os vários países europeus que estão no percurso desta avalanche humana em movimento. Os receios e medos que estão a surgir, as respostas nacionalistas. As notícias parecem encaminhadas para uma interpretação abusiva e pouco esclarecedora, para não escrever isenta.

A pergunta, se é que pode existir, será a de saber quando é que tudo vai terminar. Pelo que vemos, com a suspensão do acordo de Shengen por vários países da União, o certo é que as capacidades de acolhimento estão esgotadas. E a pergunta, como referi, é esta: então e o que fazem os verdadeiros responsáveis e provocadores desta hecatombe, os EUA? O que oiço, da campanha eleitoral que os principais políticos candidatos à presidência estão a fazer, são ameaças de guerra contra o Irão se não cumprir, se não seguir, se não fazer.

Há tambores de pretensas guerras e matanças, a tocar.

Eurico Henriques

 

 

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