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NOVO PARTIDO DE DIREITA ANTI-EURO

03-01-2014 - Eduardo Milheiro

Correm rumores que existem homens, da chamada direita civilizada, que se propõem a formar um novo partido que terá como principal bandeira a saída do euro.

Este grupo de pessoas estará ligado a um antigo dirigente do CDS/PPP e defende que a resolução da crise não se fará com resgates nem com programas cautelares e muito menos ainda numa Europa sobre a direcção da Alemanha, pois tudo leva a crer que para a Europa tudo vai ficar na mesma, porque na Alemanha nada vai mudar, apesar da aliança de Merkel com o SPD (partido social democrata alemão), as políticas de recessão e de austeridade vão continuar.

A esquerda Portuguesa continua refém de uma ideia de unidade à esquerda, agora com o novel movimento 3D, experiência que já conheço desde 2006. Tentativas e mais tentativas de tentar unir a esquerda para um combate contra a direita que não tem resultado e, perdoem-me os defensores desta ideia, que mais uma vez vai dar em nada.

A única solução que se me afigura realista é a saída do euro; é a criação de um partido novo de homens e mulheres de esquerda que defendam a referida saída, a revisão do tratado de Maastrich, que criou a moeda única e também do tratado de Lisboa.

É necessário que os países da união europeia possam fazer escolhas e sair do euro sem penalizações, mas para isso é necessária uma nova política europeia. Esta nova união retiraria e, em muito, o poder à Alemanha, daí não me parecer que a Alemanha concorde com esta mudança.

Antes que a direita portuguesa ponha em prática aquilo que é uma obrigação da esquerda, é necessário e urgente que se comece a discutir a formação deste novo partido, porque os que temos, em relação ao euro, a reposta é sempre “nim”.

Temos de deixar de viver num país do faz de conta, temos de deixar de olhar para os partidos como se olha para os clubes de futebol. Os clubes perdem e não vem daí mal nenhum para os cidadãos, mas os partidos e políticos erram e para os cidadãos vem a desgraça, o empobrecimento, a falta de assistência na saúde e na escola pública. Na saúde equivale a uma morte precoce, veja-se o caso dos medicamentos para os cancerosos; na escola pública, a qualidade a baixar pela estupidez e teimosia de um ministro que parece ter apostado na destruição da escola pública para a entregar ao privado. Um governo que insiste no ataque nunca visto aos reformados e aos funcionários públicos, ressalvando, no entanto, que alguns destes funcionários deviam ser despedidos tendo como justa causa a incompetência.

O Povo não quer, então a sua vontade irá levá-lo para arenas tipo circo romano onde serão comidos pelos leões do ultra-liberalismo, onde o que conta são os mercados financeiros e os cidadãos são lixo, pensem bem nisto. O ano começou agora, poderá ser diferente caso os portugueses queiram, só depende de nós: romper ou não com as velhas políticas que nos conduziram ao desastre.

Eduardo Milheiro

 

 

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