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A HIPOCRISIA DO NATAL

27-12-2013 - Eduardo Milheiro

Muito teria a dizer sobre os comportamentos das pessoas no Natal, mas receber votos de boas festas de gente que não conheço por telemóvel é coisa que me causa alguma confusão, gente que não sei quem são, enviam mensagens a desejar Bom Natal seu e da família para mim e a família, isto é a mais perfeita hipocrisia natalícia

A grande maioria envia estas mensagens sem as ter escrito, cópias de mensagens que lhes enviaram, ou de textos que proliferam pela internet, com mensagens de todo o género.

Em algumas notei um cunho pessoal, mas poucas, mas não respondi a nenhuma.

O meu estado de espírito não me permite andar a dizer coisas que não sinto, pois a revolta e o ódio que tenho dentro de mim é grande de mais para andar com palhaçadas e a dizer aquilo que não sinto.

Deixo aqui um texto do Dr. Alfredo Barroso, porque é na realidade aquilo que eu gostava de ter escrito, a verdade do meu Natal, e a realidade do meu País

NÃO HÁ POESIA ALGUMA NESTA MERDA DE VIDA, MINHA SENHORA!

24 de Dezembro de 2013

«Há sempre um lugar para acreditar, por isso há quem teime em ficar» - diz a escritora Raquel Ribeiro.

Claro, minha rica senhora, «há sempre um lugar para acreditar, por isso há quem teime em ficar» (a frase é muito poética), desde que não se esteja desempregado (e desesperado) ou ainda se tenha dinheiro para mandar cantar um cego...

Sei bem do que falo. A minha filha mais velha (mais uma licenciada), teve de emigrar há três meses para Inglaterra à procura de trabalho, porque já não é assim tão nova (tem 43 anos) e o pai (eu) está quase «teso» (embora continue a escrever artigos e ensaios e a dar conferências de borla sempre que lhe pedem, porque não quer perder a mão nem o método)...

Isto não é uma queixinha nem um queixume, é apenas uma constatação da realidade, por parte de quem não enriqueceu na política (tenho quase 69 anos) mas tinha uma reforma (unificada) razoável, para qual contribuiu durante 40 anos, e tem sido espoliado de uma boa parte dela nos últimos três anos.

Convém saber o que se passa hoje nas famílias (muitas delas ajudam filhos e netos) que estão a afundar-se com a degradação acelerada da classe média (da qual faço parte), sobretudo desde que o actual governo decidiu empobrecer Portugal e os Portugueses...

Acredite, minha senhora, que não há poesia alguma (e se eu gosto de poesia!) nesta merda de vida!

ALFREDO BARROSO

 

 

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