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Contaminação de solos e águas no Ecoparque da Chamusca

17-04-2015 - Henrique Pratas

A Agência Portuguesa do Ambientes não se pronuncia, mas dados obtidos mostram elevados níveis de substâncias perigosas.

Parte dos terrenos onde está implantado o Ecoparque do Relvão, no concelho da Chamusca, pode estar contaminada com arsénio, bário e zinco – metais considerados nocivos para a saúde humana e o ambiente.

As análises foram feitas por uma das empresas que se pretendia instalar no terreno e os seus resultados foram transmitidos à Agência Portuguesa do Ambiente, que não se pronuncia sobre o assunto.

As análises, obrigatórias por lei a qualquer empresa que se queira instalar naquele local, mostram elevados níveis de substâncias perigosas.

“Destaca-se a presença de teores relativamente elevados de carbono orgânico total nas águas, apresença generalizada de bário em concentrações superiores ao normativo utilizado e a concentração elevada de arsénio no piezómetro 3, um dos locais da recolha”, refere o relatório.

O resultado das análises foi enviado em Novembro para a Agência Portuguesa do Ambiente. Mas oresponsável da empresa em causa, que não quis gravar declarações, não obteve, até agora, qualquer resposta.

A empresa confina com um dos Centros deRecuperação, Valorização e Eliminação de ResíduosPerigosos criados no Ecoparque do Relvão.

O presidente da Junta de Freguesia da Carregueira, Joel Marques, tomou conhecimento do relatório pela Renascença e lamenta a falta de fiscalização das entidades oficiais.

O Ecoparque do Relvão emprega cerca de 300 pessoas só da freguesia da Carregueira, pelo que a situação é vista como preocupante.

O Ecoparque do Relvão é acompanhado por uma comissão que envolve autarquias, associaçõesambientalistas e de produtores, Protecção Civil e Centro de Saúde.

A monitorização da actividade dos operadores está a cargo do Observatório Nacional dos Cirver.

A Quercus pede intervenção do Ministério do Ambiente

O ambientalista Rui Berkemeier considera que uma rápida intervenção do Ministério do Ambiente é a única forma de dissipar dúvidas e evitar o agravamento da situação.

“Este relatório foi feito em Outubro e era suposto terem sido tomadas medidas por parte da Agência do Ambiente. Não temos conhecimento de tenham sido tomadas e vamos contactar formalmente esse departamento do Ministério do Ambiente para questionar o que foi ou vai ser feito”.

Na opinião de Rui Dinis, especialista em Ciências Ambientais, o maior problema, nesta área, em Portugal, tem origem na falta de legislação. Em seu entender, os técnicos têm de recorrer aos parâmetros definidos em leis estrangeiras para efectuar a inspecção.

Assim meus amigos com estas medidas de política ambiental de levar os resíduos para Municípios do Interior que os aceitam a troca de dinheiros públicos, normalmente fundos comunitários, já que a maior parte destes se encontram sobreendividados e para aguentar o “barco” têm que se sujeitar as estas “benesses”, acabamos com o resto já que a prioridade vai para os sacos de plástico e para a água, que excelente Ministro do Ambiente temos, com medidas acompanhadas de outras praticadas pelos membros deste DESGOVERNO. O País fica completamente destruído na verdadeira acepção da palavra.

Estes são os reais custos do interior que ninguém ou muito poucos ousam falar ou contestar.

 

 

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