Clandestinidade

27-02-2015 - Henrique Pratas

Ao lerem o título deste texto vão pensar o tipo está doido, mas ainda não mas para lá caminho.

Nunca esperei em pleno século XXI e num País “democrata” como o nosso, escrever sobre a matéria cujo título atribui ao meu texto.

Quem passou à clandestinidade foram os sacos de plástico, sim estes mesmos que estão a pensar. Aqui na grande Lisboa agora quando nos dirigimos a um local e compramos alguma coisa no comércio tradicional, colocam as coisas num saco de plástico mas apressam-se a dizer que se alguém perguntar donde veio a sua proveniência para não dizer donde veio.

Aliás aqui estão “policias” do fisco e da ASAE escondidos, como convém, à saída das casas comerciais para questionarem a proveniência dos sacos de plástico, assisti a uma situação lamentável que foi um dos indivíduos abordou uma senhora e perguntou-lhe quem lhe tinha dado o saco de plástico, a resposta foi que o tinha trazido de casa para poder levar o que comprou, de imediato o “policia” lhe respondeu que tinha visto entrar a senhora mas que ela não levava saco nenhum, quando entrou e insistiu no tema, como achei caricato não dei importância ao facto e vi-me embora.

Hoje sábado como é usual fui às compras com a minha mulher e para grande espanto meu nos locais onde costumamos comprar fruta, carne, peixe e os géneros alimentícios que necessitamos, nos foi dito, vamos pôr-lhe as coisas num saco de plástico mas por favor não diga que fomos nós que o demos.

Como achei e acho que tudo isto é ridículo resolvi escrever este texto para vos contar os efeitos de mais uma “medida” brilhante tomada por este Des) Governo, que em vez de se preocupar com os problemas sérios que há para resolver nesta País está preocupado com os sacos de plástico.

Trata-se à semelhança do que acontece aos condutores de uma caça à multa ou no caso vertente a caça ao saco de plástico.

Tudo isto me parece ridículo e muito mais quando conheço as notícias do que está a acontecer na Grécia e sei que no Parlamento Europeu, os dois únicos Países que colocaram oposição séria, questionaram o acordo conseguido foram Portugal e Espanha, que vergonha escrevo eu.

Portanto meus amigos o saco de plástico tradicional passou à clandestinidade, foi decretado pelo Ministro do Ambiente, como sendo uma das grandes medidas para o ano de 2015.

Quando num País um Des) Governo está preocupado com a aplicação destas medidas o que há para dizer rigorosamente nada.

Eu não fui abordado por ninguém mas se for vou perguntar o que é que tem a ver com isso e sigo caminho, era o que mais faltava era estar a informar donde provêm os sacos de plástico.

Mais uma vez escrevo O REI VAI NÚ, a importância que estes “senhores” dão aos problemas reais do País são o que lhes acabo de contar, cada um tem aquilo que merece ou onde vota, o pior é que eu não votei nesta rapaziada e estou a levar com eles já não sei há quantos anos, para mim é uma eternidade, já chega, há muito tempo, nunca vi tamanha incompetência e o Presidente da República é aquilo que todos sabemos.

Concluo que em plena democracia os sacos de plástico passaram à clandestinidade, não se pode dizer donde provêm.

Lisboa, 21 de fevereiro de 2014

Henrique Pratas

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