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Protagonismo

20-02-2015 - Henrique Pratas

A nossa sociedade já cheia de protagonistas ou candidatos a figurantes de um filme que não se encaixa no seu estereótipo.

Assistimos diariamente a pessoas a colocarem-se em bico de pés ou a pronunciar-se sobre o que não sabem para ter tempo de antena e tentar ganhar algum espaço na sociedade portuguesa, são os que conhecemos e desconhecemos. Os primeiros são perfeitamente identificáveis os segundos não tanto porque tentem criar movimentos, grupos, associações com vista a catapultarem-se para o que dizem estar errado e que põem em causa, apresentam-se como os novos sebastianistas que regressam numa manhã de nevoeiro ou de sol, para eles tanto se lhe dá e tentam “furar” entre o poder a toda a custa, fazendo falsas promessas, muito bem-falantes, dando razão a tudo e todos os que os abordam, apenas de chegar ao maldito ou bendito para os ditos “tacho”.

Tentam desta forma organizar a sua vidinha, prometendo muitos e fundos e uma mudança na actuação política, dizendo mesmo que não se revêm, na actual forma de fazer política, prometendo a todos que no caso de serem eleitos, fazerem tudo o que seja possível e necessário para inverter esta política.

Infelizmente já conhecemos esta história, já passámos por estes episódios, já vimos estes filmes, recordo-lhes o caso do Partido Renovador Democrático (PRD), como devem estar recordados foi mais um embuste, ideologia não tinham, passado também não, experiência de vida e de governança nenhuma, queriam tirar partido de um figura, Ex- Presidente da República, que nunca foi capaz de assumir o que quer que seja.

Enganaram o pagode durante uma Legislatura, para alguns suficiente para obterem uma reforma dourada mas os problemas do País esses rapidamente foram esquecidos, havia que tratar da vidinha daqueles que incorporaram o referido partido, como a política serve para arranjar bons lugares, alguns foram parar à GALP, à ANA, à EDP enfim aos grandes grupos económicos, existentes no nosso País.

Com esta forma de estar, não vamos a lado nenhum, o que em meu entender há que fazer é mobilizar as pessoas em torno dos partidos que ao longo de vários anos já demonstraram de que lado estão, que interesses defendem, que ideologia defendem, que princípios aplicam e respeitam, não vale a pena estar a criar novos partidos sem ideologia, sem programa, sem objectivos, para quê o País não precisa disto e aqueles que se apresentam desta forma, com a intenção de enganar os leitores deviam ser varridos da nossa sociedade.

Devem estar recordados, mas eu não sei vos quantificar quantos partidos/movimentos deste estirpe já foram criados e que rapidamente desapareceram ou infiltraram-se noutros partidos, por causa do “tacho” o que é trouxeram de novo à sociedade portuguesa, nada.

Espero e desejo que todos os eleitores estejam atentos a estes movimentos e não se deixem cair no conto do vigário, analisem muito bem o seu conteúdo programático, a sua ideologia e observem muito bem o que têm feito por este País de onde vêm as pessoas que os compõem, ao que vêem, o que propõem fazer e vejam se têm condições para cumprirem com o que prometem, o desenvolvimento do nosso País não se compadece de mais vendedores da banha da cobra, estejam atentos e na hora de fazerem as vossas opções façam-nas suportados e assentos no conhecimento real, passado histórico, ideológico que os partidos que se apresentarem às eleições possuem.

A política não é o que se tem feito em Portugal a política é uma ciência não pode ser feita por amadores, esta adquire-se com experiência, com obra feita, com posições assumidas, com ideias consistentes, coerentes e suportadas em experiência de uma doutrina politica.

A política é de todos e todos os dias quando tomamos decisões, estamos a fazer opções certas ou erradas, mas fazemo-las em consciência e assumimos a responsabilidade dos nossos actos é a extensão desta prática para a vida de um País que nos conduz a partidos ou organizações que defendem os nossos interesses, mas cuidado e volto a colocar a tónica o passado é muito importante para a decisão do nosso futuro.

Alguns dizem passado é passado, não é bem verdade com um passado incólume e que sempre tenha defendido os nossos direitos é a projecção do nosso futuro, por isso vos escrevo cuidado com os recém-chegados, os salvadores da Pátria e que jantes, não confiem no que não conhecem.

Lisboa, 16 de fevereiro de 2015

Henrique Pratas

 

 

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