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O Homem Sonha, a Obra Nasce.

13-02-2015 - Eurico Henriques

Estão a decorrer as obras de recuperação e adaptação da Igreja do Divina Espírito Santo de Almeirim.

O que é curioso é reconhecer que o edifício que funcionou como escola durante um largo período de tempo era conhecido por: “As Escolas Velhas”. Isto em oposição às Escolas Novas que se situam junto à atual rua do Moinho de Vento e em frente da Praça Francisco Henriques. Este dos anos sessenta do século passado.

Quando falamos de “memória oral” estamos a identificar os dizeres e as lembranças que as pessoas transportam consigo e as vão reproduzindo para os seus descendentes. Eu registo que, muitas vezes, oiço as pessoas dizerem que sabem do que se passa, que já ouviram aos pais e avós, etc.

Só que a designação do complexo edificado situado na reunião das ruas João Cesar Henriques e da Alagoa, que se juntam no que foi o Largo do Espírito Santo e hoje se classifica como rua Almirante Reis, não corresponde a uma verdadeira informação do que foi a sua funcionalidade e das transformações e novas edificações que aí se realizaram.

O edifício com a torre do relógio foi a Igreja do Espírito Santo, pertencente à Irmandade do mesmo nome. Passou à posse da então Junta de Paróquia – hoje Junta de Freguesia – por extinção da referida Irmandade, por alvará do Governador Civil de Santarém no ano de 1873, sofrendo obras de adaptação no ano de 1881. A seguir, em 1892, é adaptada para escola e casa dos professores.

Em 1915 a câmara republicana resolve construir um novo edifício junto à igreja para aumentar o número de salas de aula disponíveis. A construção fez-se na zona da sacristia, cuja edificação foi derrubada.

Com a construção do novo edifício escolar, a Escola P3 no Canto do Jardim, este complexo deixou de funcionar.

Atendendo à necessidade – há muito reclamada - de se proceder à instalação de um centro de interpretação para a história da cidade, a câmara realizou um projeto para o referido complexo e, em outubro do ano passado, aprovou o concurso para as obras a fazer.

O que está em curso é uma obra que tem em vista reformular o espaço, restaurando o interior da igreja, dando-lhe mais notoriedade e, também, recuperar as construções.

A segunda fase desta obra será a instalação de instrumentos, objetos e equipamentos que permitam ao visitante acompanhar a evolução e as transformações que a cidade e o concelho sofreram ao longo do seu tempo de existência.

Esta proposta tem em vista a validação do património cultural do concelho.

Eurico Henriques

 

 

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