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Ainda a Escola

29-11-2013 - Francisco Pereira

Este assunto da Educação não cessa de intrigar, há coisas por demais evidentes que fazem uma terrível confusão, ver algo tão sensível e necessário, entregue a simplórios mangas-de-alpaca!

Por exemplo, as famosas listas de proficiências das escolas, onde se compara o que não tem comparação, escolas públicas e privadas são completamente diferentes, excepto no que aos currículos e programas esses dimanam ambos da santa ignorância e obscurantismo merceeiro do Ministério da Educação, no resto, nada se pode comparar, desde logo o dinheiro disponível, nas privadas e graças às subvenções paga por todos nós vive-se num relativo desafogo, enquanto na escola pública onde o dinheiro é sonegado para cobrir os interesses dos privados, tudo falta. Que país é este onde se permite tal alarvidade, que raio de gente é esta que assiste a isto e não reage?

Conheço escolas onda a preocupação mor dos directores é com a inspecção escolar, deixem que vos diga que a inspecção escolar é uma treta pegada, como aliás a maioria das entidades similares cá da terra, servindo apenas para arranjar mais uns tachitos, uns cargos equiparados a directores e mais uns motoristas e pouco mais, à claro muito papel, muito decreto-lei, muito ar de seriedade e pompa. Na prática se a pomposa Inspecção-geral da Educação e Ciência servisse para alguma coisa estamos em crer que mais de metade dos estabelecimentos de ensino estariam fechados por falta de condições, porque conforme se lê no portal da dita entidade, esta tem com propósitos, «… Compete-lhe acompanhar, controlar, auditar e avaliar, nas vertentes técnico-pedagógica e administrativo-financeira, as actividades da educação pré-escolar, escolar e extra-escolar, das escolas e dos estabelecimentos de educação e ensino das redes pública,  particular e cooperativa, e solidária,  bem como dos estabelecimentos e cursos que ministram o ensino do Português no estrangeiro. Compete-lhe ainda inspeccionar e auditar os estabelecimentos de ensino superior.»

Então estes senhores inspectores, não vêem a tristeza das crianças, o desencanto dos professores, o cansaço dos auxiliares? Não vêem a falta de condições, a falta de materiais e a má comida? Não vêem as por vezes insalubres instalações sanitárias, a falta de pessoal, a quase ausência de apoios para as crianças que necessitam de ensino especial, a falta de segurança, quantas escolas têm construção anti sísmica, por exemplo?

Se não vêem nada disto, para que serve esta inspecção, pois serve apenas para ver os papéis, toda a aquela papelada inútil que afoga o ensino, que não deixa ensinar e que rouba dinheiro necessário às actividades lectivas, a burocracia do Ministério da Educação é um monstro que engole milhões, só em papel, engole florestas inteiras, é apenas com esta burocracia que a alegada entidade está preocupada, não esquecer que é essa burocracia que justifica os muitos empregos no ministério e a própria inspecção, que interessam as crianças!

As escolas, nomeadamente essa aberração chamadas centros escolares, deveriam ser locais agradáveis onde as crianças pudessem brincar e brincar e brincar, porque as crianças precisam de brincar para crescerem saudáveis, infelizmente, tal não é o entendimento dos imbecis que dirigem as escolas, e por isso temos crianças tristes e que não aprendem.

Outra coisa que nos provoca alguma é os pais que querem que os filhos cresçam antes do tempo, miúdos de 5 anos a saber escrever é de uma violência atroz, deixem as crianças ser crianças, para crescerem adultos saudáveis ao invés de andarem a criar as futuras gerações de imbecis, capados e tontos!

Francisco Pereira

 

 

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