Mexam-se
13-02-2015 - Henrique Pratas
Por mais que eu gosto de escrever de partilhar convosco o que se vai passando na sociedade portuguesa é chegada a altura de passar à acção, o diagnóstico está feito, analisado e revisto, não existem erros de análise os atropelos à dignidade humana são diários e contínuos, meus amigos chegou a altura de questionarmos tudo isto nos locais públicos quando não formos bem atendidos, peçam o livro de reclamações, escrevam, mostrem à saciedade o vosso descontentamento, desagrado, desconforto afinal vocês são pessoas e merecem ser tratados como tal.
A Carta dos Direitos Humanos por mais que seja invocada, todos os dias é violada em Portugal, estamos no tempo do Salazar que também ele de forma hipócrita subscreveu em 1942 a referida carta, tal e qual como naquela altura estes “rapazes” quando lhes dá jeito invocam a Carta dos Direitos Humanos, mas é mais uma operação de charme do que outra coisa, como escrevi Salazar fez o mesmo, eu não vejo diferença dos tempos de outrora como os tempos de hoje.
Ontem quando decorria a manifestação dos alunos do Conservatório e dos Professores em frente ao Ministério da Educação e Ciência, nome bonito, na Avenida 5 de Outubro, apareceu uma personagem que no canto de uma rua, perto do local da manifestação começou a chamar e passo a citar, “chulos, cabrões, têm vivido sempre à custa do 25 de abril, vão trabalhar malandros”, o homem era novo teria cerca de 40 anos estava bem vestido, passei por ele, mas não lhe disse nada perto estava um polícia e dirigi-me ao cívico, dei-lhe as boas tardes como faz parte da boa educação e disse-lhe que aquele cidadão me estava a incomodar e que simultaneamente estava a transtornar a ordem pública, por isso agradecia-lhe que tomasse as providências necessárias, o policia com ar muito sério olhou para mim e disse-me o senhor tem razão e eu respondi-lhe, não me basta ter razão, aquele senhor está-me a incomodar e o seu dever como autoridade é manter a ordem pública.
De imediato ele se voltou para o fulano e lhe disse para se calar, não sei se era um provocador pago por alguém mas não me interessou, quando passei fiquei incomodado e não gosto de ser incomodado.
Esta foi a forma que na altura me ocorreu para mandar calar aquele energúmeno, a minha vontade era dar-lhe uma cachaporrada pelos cornos abaixo que era o que ele merecia, à boa maneira ribatejana, mas há pessoas que nem isso merecem e este indigente é um deles.
Por mais que queiramos nós somos diferentes dos gregos, somos latinos, nós não somos capazes de fazer o que os gregos, os espanhóis e os italianos fizeram, estamos ou somos encolhidos, quanto mais mal nos tratam mais nós nos agachamos e quanto mais nos agachamos mais se nos vê o …..
Apesar dos meus escritos, entendo que chegou a hora de acção organizada em torno do que queremos para a nosso País, para nós e para os nossos filhos, já chega de conversa da treta, tal como aquele paciente com hepatite C, há que enfrentá-los, por a descoberto as mentiras que nos têm contado e pretendem continuar a contar. A Alemanha está a enriquecer à nossa custa através da usura dos juros que nos cobram, é uma vergonha e nós vamos ficar quietos, calados, surdos e mudos.
Por isso vos peço MEXAM-SE, ORGANIZEM-SE em organizações já existentes e que defendem os vossos desejos ou em alternativa criem novos movimentos de cidadania, rebelem-se, mostrem que não são parvos e que sabem muito bem o que querem e o que não querem, em termos futebolísticos mostrem os cartões vermelhos a quem os merece há muito tempo e ponham-nos fora de jogo, porque a rapaziada do PSD e do CDS/PP, já ocupou todos os lugares chaves na SEGURANÇA SOCIAL, enquanto simultaneamente decorre o envio de trabalhadores competentes da função pública para a mobilidade. Isto é, saem uns para entrarem aqueles que são “encartados” do PSD ou CDS/PP.
Assim vai a democracia no nosso País.
Bem clama o Primeiro-ministro aos sete ventos que está preocupado com as minorias, só se forem aqueles que mais rendimentos têm ou auferem, porque a maioria já está a pão e água.
Lisboa, 10 de fevereiro de 2015
Henrique Pratas
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