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Uma Lufada de Ar Fresco

30-01-2015 - Henrique Pratas

Com a vitória do Syirisa na Grécia pode ser que o “velho” Continente receba uma lufada de ar fresco, mais oxigénio para a Europa que se pretende que seja livre e onde os cidadãos possam manifestar a sua opinião por forma a contribuírem para a construção do seu País da forma que pretendem, à velocidade desejada e com os objectivos a médio longo prazo devidamente estabelecidos.

Em primeiro gostava que se retivesse a grande demonstração cívica por parte dos gregos que não se deixaram influenciar pelas pressões externas, revestissem-se elas de que cariz fosse, souberam resistir aos medos, às ameaças e a tudo o mais aconteceu que nós desconhecemos completamente. Ma s os gregos demonstraram o que querem, face ao estado de miséria que chegaram, não muito diferente da nossa mas o tempo é sempre bom conselheiro, vamos esperar para vermos o que acontece.

Para já saliento dois factos que se afiguram como importantes um primeiro foi o actual-ministro, assumindo a sua condição de ateu recusou-se a colocar a mão sobre a Bíblia, aquando da tomada de posse e do juramento da paz, dá-nos uma ideia de coerência de princípios, face às suas assunções e o protocolo em vigor há largos anos e que me recorde ninguém se negou a colocar a mão sobre a Bíblia.

Em segundo lugar destaco o facto de o primeiro-ministro em exercício se ter coligado com o partido da direita que defende as mesmas posições relativamente à renegociação da dívida à União Europeia e ao Fundo Monetário Internacional e dado que não tiveram maioria absoluta, apenas por dois deputados, partilho da decisão de chamar à governação o partido que independentemente do seu quadrante politico, direita, defende o mesmo que o Syrisa defende quanto à renegociação da dívida e simultaneamente envolve-os no processo de tomada de decisões, no que diz respeito a estas matérias, amanhã não poderão dizer que sabiam de nada ou que não concordaram eles até fazem parte integrante do processo e desta forma o Syrisa também tem a oportunidade de os ter debaixo de olho que isto é gente em que não se pode confiar.

A decisão apesar de polémica parece-me acertada, só desejo que o Povo grego veja que iniciou um inversão na tendência e na prática realizada até aos dias de hoje por forma a verem as suas condições de vida melhoradas significativamente, em que a condição humana se sobreponha ao capital.

Um último desejo, espero que esta alteração produza frutos que todos desejamos e se contagie aos restantes Países da União Europeia aonde a “Primavera” ainda não chegou.

Henrique Pratas

 

 

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