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Gestão das Pessoas nos Organismos Públicos

16-01-2015 - Henrique Pratas

Nem a propósito a Dra. Manuela Ferreira Leite, num canal de televisão, TVI 24, no quinta à noite do passado dia 8, afirmou para quem quis ouvir e ver que na Administração Pública não se fazia Gestão das Pessoas e mais acrescentou como é que a Ministra das Finanças através de um decreto-lei, fez uma proposta para aumentar os funcionários da Autoridade Tributária, vulgo Finanças, quando na Lei do Orçamento para o ano de 2015 aprovado e votado na Assembleia da República pelos deputados que sustentam este Des) Governo, PSD e CDS, lei promulgada pelo Presidente da República, está consagrado que os vencimentos dos funcionários públicos e a progressão nas carreiras continuam congeladas em 2015, mais disse mesmo que gostava de estar na reunião do Conselho de Ministros onde este Decreto-lei foi apresentado para ver a cara dos outros Ministros, mais uma vez tudo isto é simplesmente ridículo e não sou eu que o digo ou escrevo foi uma perigosa militante do PSD.

A este propósito partilho convosco as cenas da realização de uma pretensa, real, de uma pretensa mobilidade interna dentro de um organismo público.

Assim sendo passo a transcrever:

Em 22 de setembro foi divulgado o mail cujo teor segue em baixo:

Caros e Caras Colegas,

Este ano de 2014 foi para todos nós um ano de mudança e ajustamento, um ano de novos começos. Todos sabemos que os processos de extinção por fusão são, no que respeita à reafectação de recursos humanos, de uma enorme complexidade, e o que nos envolveu a todos, e que permitiu a criação da Entidade A, não foi exceção.

Dando  cumprimento aos procedimentos previstos na legislação de enquadramento foram os trabalhadores dos três organismos extintos, reafectos às novas áreas funcionais da Agência. Volvidos 6 meses encontramos agora os nossos processos internos mais consolidados e conhecemos melhor os desafios que se colocam às nossas Unidades Orgânicas e aos nossos colaboradores no quadro das atuais e futuras funções da Entidade A, já consagradas na legislação do Portugal 2020.

O CD, tendo presente a necessidade de introduzir alguns ajustamentos na composição das várias equipas bem como a de reforçar os recursos humanos  em algumas  áreas, e antes de procurar esse reforço com recurso a recrutamentos exteriores à Entidade A, no âmbito da administração pública, pretende analisar a possibilidade de o fazer internamente.

Assim, o CD incumbiu o NGRH (Núcleo de Gestão de Recursos Humanos) de auscultar os colaboradores no sentido de aferir do seu interesse na mobilidade interna para outra unidade ou núcleo da Entidade A.

Desta forma, caso estejam interessados em manifestar o vosso interesse, pedimos que o façam junto da Coordenadora do NGRH, até ao final deste mês, identificando as opções que indicarem .

Todas as manifestações de interesse recepcionadas serão analisadas tendo em conta, quer o perfil/competências do trabalhador, quer as atuais necessidades da Entidade A, quer a possibilidade de reafectação imediata a outra unidade orgânica. Na impossibilidade de mobilidade imediata para a unidade ou núcleo pretendido ficará o registo em bolsa para futuras necessidades de reforço de RH (Recursos Humano).

Obrigada
Coordenador(a) do Núcleo de Gestão de Recursos Humanos

Em 30 de setembro de 2014 como existiam pessoas interessados em desenvolver outras actividades na nova organização manifestaram o seu interesse de acordo com o teor que se anexa.

Boa tarde,

tendo em consideração o teor do seu mail do dia 22 de setembro p.p., e as necessidades de introduzir alguns ajustamentos na composição de várias equipas bem como a de reforçar algumas áreas, venho por este meio, manifestar o meu interesse na possibilidade da mobilidade interna para outra Unidade Funcional da Entidade A.

Colocamos a experiência profissional adquirida ao longo de 35 anos de exercício de diferentes funções, em diferentes sectores, da Administração Direta e Indireta do Estado, ao serviço da Entidade A, manifestamos ainda a disponibilidade total e absoluta para poder incorporar os desafios que subjazem e constituem objectivos/metas a alcançar nos moldes e nos termos que estiveram presentes à constituição da mesma e desejáveis pelo Conselho Diretivo, noutra Unidade Orgânica onde os nossos atributos profissionais possam ser mais adequados.             

Como em 14 de outubro de 2014 decorrido um mês do “designado” levantamento, como não existisse resposta procedeu-se ao envio do seguinte mail.

Assunto: Levantamento de necessidades de Recursos Humanos - Auscultação aos Colaboradores.
Importância: Alta

Bom dia,

Relativamente ao assunto em referência gostava que nos fosse informado em que situação é que se encontram os pedidos de mobilidade interna formulados.

  Muito obrigado,                      

A resposta foi a seguinte:


Assunto: Levantamento de necessidades de Recursos Humanos - Auscultação aos Colaboradores.

Muito Bom Dia,

Os pedidos de mobilidade estão a ser analisados pelo CD.

Assim que tivermos mais informações adicionais entraremos em contacto consigo.

Obrigada

Coordenador(a) do Núcleo de Gestão de Recursos Humanos

A resposta definitiva chega a 07 de janeiro de 2015 ou seja passados 5 meses e da seguinte forma:

Muito Boa Tarde,

Muito agradecemos a sua manifestação de interesse ao processo de mobilidade interna despoletado no final de setembro.

Todas as manifestações de interesse foram analisadas, tendo em conta o perfil/competências de cada trabalhador e as atuais necessidades da Entidade A.

Este processo contou com uma análise realizada pelo NGRH e envolveu as chefias das unidades orgânicas dos trabalhadores que manifestaram interesse, as chefias das unidades orgânicas às quais os trabalhadores se candidataram e o Conselho Diretivo da Entidade A.

Não foi possível, no imediato, autorizar a sua mobilidade para outra unidade orgânica, sendo que o mesmo ficará registado em bolsa e será ponderado em futuras oportunidades.

Obrigada
Coordenador(a) do Núcleo de Gestão de Recursos Humanos

Não contentes com a resposta anteriormente enviada no mesmo dia enviam uma outra informação que anexo, com a intenção de transformar em transparente um processo que nada tem deste atributo, apenas serve para fazer marketing e demonstrar a saciedade que a organização está a fazer algo pelo bem-estar dos trabalhadores:

Caros e Caras colegas,

Na sequência do levantamento das necessidades de recursos humanos e do processo de  mobilidade interna  despoletado no final de setembro, foram apresentados ao NGRH pelos colaboradores da Entidade A 37 pedidos de mobilidade interna.

Todas as manifestações de interesse foram analisadas, tendo em conta o perfil/competências de cada trabalhador e as atuais necessidades da Entidade A.

Este processo contou com uma análise realizada pelo NGRH e envolveu as chefias das unidades orgânicas dos trabalhadores que manifestaram interesse, as chefias das unidades orgânicas às quais os trabalhadores se candidataram e o Conselho Diretivo da Entidade A.

Nesta  fase, em que damos por  concluído este processo de mobilidade interna, importa fazer um pequeno balanço do seu resultado:

Ponto de situação sobre o n.º de Pedidos

Nº pedidos mobilidade

37

Nº pedidos autorizados

11

39%

Nº pedidos não considerados

18

Desistências

6

Saídas da Entidade A

3

Os pedidos de mobilidade que não puderam, no imediato, ser autorizados ficarão registados em bolsa e serão ponderados em futuras oportunidades.

Com a conclusão deste processo a  Entidade A irá então procurar reforçar os recursos humanos nas áreas que identificaram necessidades,  recorrendo aos mecanismos previstos na Administração Pública designadamente à abertura de procedimentos concursais.

Obrigada

Coordenador(a) do Núcleo de Gestão de Recursos Humanos

" A Entidade A como outras tem como, outras, valores como inovação, transparência, qualidade e cooperação. Bem prega Frei Tomás."

É desta forma que vão as coisas nos organismos públicos tirem as vossas ilações que as minhas, eu já as tiraram há muito tempo e pelos vistos uma perigosa “esquerdista ” de nome Manuela Ferreira Leite também, com esta afirmação não estou a fazer a apologia da referida senhora mas há que falar verdade e quando é verdade por muito que nos custe temos que admiti-la.

É fartar vilanagem, vamos encher os bolsos antes que isto acabe.

Lisboa, 10 de janeiro de 2015

Henrique Pratas

 

 

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