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Sair do Euro

22-11-2013 - Alcides Santos*

Pessoalmente, penso que todos estão de acordo, com a entrada no euro negociou-se a destruição do aparelho produtivo (recordo-me que se dizia que era pouco competitivo). Assim, foi esse facto que produziu o défice na balança de transacções, que por sua vez levou ao défice do estado. Além disso, nem todos os países da UE aderiram ao Euro.

Por exemplo, nem a Suécia, nem o Reino Unido, nem a Dinamarca o fizeram. Ou seja, parece ser que o facto de estar dentro ou fora do euro não tenha uma importância significativa em relação ao isolamento. Recordo-me que antes da chegada do euro, as pessoas podiam andar por essa Europa fora sem problemas, pois as fronteiras armadas já não existiam. Portanto, estar dentro ou fora do euro deve ser instrumental, pois a moeda que um povo ou território usa deve ser aquela que quem lá vive considerar a melhor para os seus interesses. Assim, para quem vive em Portugal o euro está a ser um espartilho, que é usado no interesse de uma minoria.

Vejamos: para quem está sem trabalho, sair do euro será sempre uma boa opção porque dessa forma a moeda descerá de valor encarecendo os produtos externos o que fará com que seja um forte incentivo esses mesmos produtos começarem a ser produzidos cá dentro. Além disso, um desempregado ou um trabalhador de baixos rendimentos não pode comprar nem BMWs nem Sonys. Pelo contrário, para quem tem dinheiro em poupanças, sair do euro significará uma perda real do valor das suas poupanças se estas passarem a ser denominadas na nova moeda, e além disso, terá que passar a pagar mais pelos BMWs e pelos Sonys.

Assim e resumindo, parece-me que são as condições materiais de cada um que fazem tomar um dos lados: dentro ou fora do euro. Por isso, se queremos manifestar uma opinião sobre estar ou dentro do euro, cada um deve declarar se tem ou não poupanças, se compra ou não BMWs ou Sonys.

Posto isto, eu declaro que não tenho poupanças, não compro nem BMWs nem Sonys o que determina a minha posição em relação ao euro: penso que devemos sair.

Alcides Santos

* Foi o primeiro cidadão a recusar pagar impostos por estar desempregado, os jornais e televisões publicaram noticias e entrevistas, acontecimento registado este ano.

 

 

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