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Cadernos da (des) Educação (I)

15-11-2013 - Francisco Pereira

Custa-nos sinceramente abordar o tema Educação, tal é o desencanto com que encaramos o que se passa no panorama nacional. Os últimos quatro ministros titulares da pasta, foram uma tormenta de miserabilismo, de incompetência e da mais atroz pobreza franciscana intelectual que se possa imaginar, a Educação em Portugal é um cadáver moribundo apenas à espera do “coup de grace”, que estamos seguros não tardará. Uma palavra de apreço para o actual ministro, pois tem desempenhado sobremaneira bem o papel de coveiro da Educação. Em cinco pequenos artigos, tentaremos lançar luz sobre a temática, são apenas pontos de vista que não pretendem alcandorar-se em verdades insofismáveis, são apenas a visão de alguém que leva a Educação com a seriedade que ela deveria merecer.

Porque não aprendem as nossas crianças? Ou porque o fazem de forma tão deficitária? A resposta a estas questões encerra-se desde logo dentro do paradigma que diz que o saber no nosso país, não é, nunca foi e provavelmente nunca será valorizado. A escola pública caminha para o pior retrocesso dos últimos 300 anos, recordemos que o déspota ilumina do que foi Pombal, na nossa humilde opinião o única verdadeiro homem de Estado inteligente e visionário que desde essa data passou por Portugal, recordemos pois que Sebastião Melo o famoso Marquês de Pombal, foi o percurso das escolas menores, oficiais e gratuitas, porque intui que um dos motivos do endémico atraso deste país era a sua falta de Educação. Infelizmente as sumidades cavalares que ora vegetam nos corredores do poder cogitam de outra forma.

Condenámos à emigração, a academicamente mais bem preparada geração de que há memória, quer em qualidade quer em quantidade, formamos profissionais de excelência, com o pequeno senão de não termos preparado um país para os mesmos, preparação essa que deveria ter ocorrido logo após termos assinado a adesão à então CEE, não só desbaratamos recursos que outros agora inteligentemente aproveitam, como fornecemos um péssimo exemplo as gerações que se encontram agora nas escolas e universidades, um exemplo de que neste país estudar não vale a pena, quão patéticos poderemos mais ser, enquanto país e enquanto sociedade.

Vamos, por motivos puramente ideológicos, destruir um dos últimos bens que possuímos, um sistema de Educação que formou excelentes profissionais, não será claro está isento de problemas e admite melhorias e acertos, mas o que lhe estão a fazer é uma simples patifaria, baixa e reles a que o povinho simplesmente nem reage, limitasse a encolher os ombros, impressionante que mesmo passando na televisão a vigarice, a verdadeira trafulhice que está por detrás do financiamento do ensino privado, esse facto não foi suficiente para fazer abalar as consciências, e tudo como antes Quartel em Abrantes.

Francisco Pereira

 

 

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