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XÉXÉ OU ESPERTALHÃO?

10-05-2024 - José Janeiro

Se não fosse trágico seria cómico, quando o Presidente da Republica propôs do nada e, podemos dize-lo, num momento inapropriado, que as ex-colónias portuguesas deveriam ser objecto de reparações históricas.

Por momentos, ainda pensei que o pouco avisado Marcelo Rebelo de Sousa se referia a reconstruções do património que Portugal ali deixou, qual construtor civil, e que os novos países deixaram deteriorar nos anos de independência, mas não! Falava ele de compensações monetárias, porque apenas deixámos aquelas diversas regiões, desenvolvidas por cinco seculos e agora estão destruídas por força dos novos donos. Nada mais absurdo!

Os pedinchões que nunca conseguiram ter juízo na gestão dos seus países independentes, e que os roubaram alarvemente, vieram também alarvemente, apoiar a parvoíce Presidencial. Tentar refazer a história e trazer para os dias de hoje o sentimento de uma culpa inexistente, é além de ignóbil, completamente idiota.

Os mais ridículos que logo aproveitaram a deixa foram três que se destacaram pela profunda parvoíce:

São Tomé e Príncipe – país que nunca deveria ter sido independente mas ter um estatuto semelhante aos Açores e Madeira, porque aquelas ilhas estavam desertas em 1470 quando João de Santarém e Pero Escobar ali aportaram. Ora reparar quem e o quê? Aquele território estava D-E-S-E-R-T-O!

Cabo Verde – país que nunca deveria ter sido independente e devia ter igual estatuto de autonomia, porque quando foram descobertas por Diogo Gomes e António da Noli em 1460, não havia presença humana e só após 1462 esse povoamento se iniciou. Mais uma vez, reparar o quê? Aquele território estava D-E-S-E-R-T-O!

Brasil – outro país que decidiu entrar na parvoíce das reparações. O Brasil celebrará em Setembro próximo, 202 anos de independência. O argumento é mais idiota, quando se baseia em factores de uma imbecilidade atroz: o suposto ouro do Brasil, que dizem alguns foi roubado por Portugal, ora o Brasil era, a bem ou a mal, território nacional Português na época e logo não foi roubado; e o problema dos escravos levados de Africa e comercializados eles mesmos por outros negros, que como sempre foi uso nas guerras tribais os vencedores ficavam com os vencidos, e foram os próprios lideres vencedores, eles negros também que venderam esses vencidos aos Portugueses, Ingleses e outros. Portugal na prática foi responsável pelo transporte de 1/10 desses negros, apesar de não se pretender diminuir a situação que aconteceu, aconteceu por prática corrente nos sécs. XVI a XIX, sendo que Portugal aboliu o processo em 1836. Paradoxalmente o Brasil, que agora reclama manteve até 1888 o comercio ignóbil, ou seja quase mais 20 anos. A ignorância da ministra dos povos indígenas, Sonia Guajajara, veio cavalgar a parvoíce do Marcelo Rebelo de Sousa e argumentar com racismos e xenofobia para com os negros do Brasil. Ela como indígena, deveria pedir para todos os actuais brasileiros saírem das suas terras ancestrais ou então todos os actuais não índios brasileiros deveriam compensar a idiota e o seu povo.

Entendemos assim, o quanto é estúpido estes três países e os restantes, pedirem seja o que for a Portugal que deixou as suas colónias bem estruturadas, funcionais e com capacidade económica normal, enquanto os novos donos daquilo tudo, decidiram roubar as suas riquezas e levar os povos á miséria, mas a culpa dessa ladroagem, pelos vistos, é dos ex-colonizadores. O ditado popular cabe aqui: “dá deus nozes a quem não tem dentes”.

Mas o papagaio de Belém, em vez de arrepiar caminho na parvoíce, veio mais tarde reforçar a sua traição, sim, traição a Portugal, vergonhosamente, voltando em outras ocasiões a reforçar a sua estupidez.

Tenho visto afirmações que referem, o Presidente, como XéXé, mas eu faço outra leitura, senão vejamos a cronologia dos acontecimentos:

Em 24/4, veio a noticia que o Marcelo Rebelo de Sousa tinha cortado relações como filho devido ao caso das gémeas e possivelmente devido a novas noticias sobre os negócios da santa Casa no Brasil que estavam no éter. Havia um zumzum que o filho Nuno, queria ser sócio da santa Casa no Brasil. Marcelo, veio a terreiro e numa entrevista no Brasil, que transpirou via Correio Brasiliense, disse ter “cortado relações” com o filho e acrescenta “não sei se ele vai ser responsabilizado e não me interessa”.

Entre 24 e 27/4 por diversas vezes, faz com que o tema das reparações às ex-colónias seja um tema central na comunicação social Portuguesa por ter iniciado e mantido essa sua alarvidade.

E desde aí, até aos dias de hoje, os comentadeiros e comentadores foram-se deliciando com a Marcelice e já lá vão cerca de 15 dias em que o tema ocupa o espaço publico.

As críticas vão desde insensibilidade, traição, o pior Presidente Português, até outros mimos. Mas a verdade é só uma, ele CONSEGUIU DESVIAR A ATENÇÃO dos meios de comunicação social das diatribes do puto Nuno Rebelo de Sousa, aliviando a pressão sobre o tema.

E a questão tem que se colocar: XÉXÈ OU ESPERTALHÃO?

Na minha opinião, calculista e aproveita as figuras tristes que faz em publico para manter a chico- expertisse ao rubro, desviando a atenção para os actos verdadeiramente ignóbeis que ele pactuou com o filho, e que prejudicou o erário publico em mais de 40 milhões de euros entre os dois casos.

Sim, ele tem interesse em ficar como XÉXÈ para se desresponsabilizar do que fez!

Até para a próxima

José Janeiro

 

 

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