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Notícias e Opinião do Concelho de Almeirim de Portugal e do Mundo
 

DESTA VEZ É QUE É!
… E SE NÃO FOR, FICA PARA A PROXIMA.

01-03-2024 - José Janeiro

Estamos novamente em eleições. Os lideres políticos e refiro-me sobretudo aos principais partidos, procuram avidamente encontrar formulas para que o eleitorado se esqueça de um passado recente e lhes dê uma nova, dizem eles, oportunidade, porque AGORA É QUE É!

Lamentavelmente os eleitores, têm memória curta e tudo parecem perdoar ao ler as sondagens e se elas representarem o verdadeiro sentido de uma representação eleitoral, é preocupante.

Os eleitores esquecem que os protagonistas são sempre os mesmos, a tal máxima: “a m€rda é toda a mesma, variando apenas as moscas que ali gravitam”, não se vislumbrando qualquer mudança significativa que nos tire deste pântano económico.

Os grandes pilares da democracia, prevê-se que continuem na rota para o abismo, de forma consistente e inexorável: iremos continuar a ter a justiça num caos e sem meios porque assim interessa, não apareçam surpresas lá mais para a frente aos políticos de hoje; o serviço nacional de saúde continuará um caos, porque não interessa que melhor; a educação manter-se-á no limbo com vários milhares de alunos sem alguns professores; a habitação continuará deficitária porque as prioridades são as asneiras da tap, da efacec, da cp e tantas outras empresas que estão impedidas de falir, porque são “jobs for the boys”; os salários manter-se-ão os mais baixos da europa, muito por culpa de uma pseudo produtividade, mas que os portugueses emigrados contrariam vergonhosamente;

Sim, não auguro nada de bom no resultado da noite de 10 de Março. Tudo isto é fado, tudo isto é triste.

O que assistimos é a uma dança, imagino um corridinho, onde se procura vergonhosamente desresponsabilizar os responsáveis recentes das malfeitorias de um passado também ele recente, e os eleitores, previsionalmente (se acreditarmos na expressão do eleitorado nas sondagens), continuará a tudo perdoar e a relevar as inúmeras razões para estarmos hoje, quer no caos, quer em novas eleições.

Cozinham-se alianças, contam-se espingardas e os ausentes da sua obrigação de votar, a tal maioria de abstencionistas, que podiam contribuir para a mudança, continuam a assobiar para o lado, porque dá muito trabalho cumprir um princípio cívico, que é ir votar.

Curiosamente, se perguntarmos aos votantes quais as propostas das forças políticas, duvido que alguém (a maioria, claro) se tenha dado ao trabalho a ler, e comparar e a votação lá terá os dois princípios do costume: os indefectiveis de cada partido, porque sempre assim foi; e os oscilantes que gravitam num arco de governação com 50 anos de miséria e sem sentido algum, sempre com a máxima: “ já conseguimos estar pior, mas não quero perder o pior que já ganhei, não vá isto correr bem e depois fico melhor e não sei o que fazer”.

As historietas dos intervenientes políticos são mais do que muitas e qual a mais tenebrosa:

Um P(N)S que recebe mais de 200 mil maseratis por dizer que vive em Oliveira de Azeméis quando vive em Lisboa, uma casa de meio milhão com um IMI menor que uma estante do IKEA, tropelias diversas de profunda incompetência enquanto esteve no governo. Como se não bastasse, livros com notas, mas não no cofre da mãe, e acólitos com tacho on-line e carrinho como consultor de uma das empresas públicas, talvez para se conseguir ficar finalmente independente, pois vivia com a mãezinha… sempre as mãezinhas!

Mas do outro lado não é melhor, um PS(D)ois que se junta a um moribundo CDS e a um PPM com menos de 300 votos, formando uma Aliança dita Democrática. Mas uma vez, temos novas histórias burlescas com maisons, (dos presidentes nacional e regional), dinheiro, (numa conta e na casa da mãe, outra vez a mãezinha) e até diamantes nas gavetas do gabinete da Camara Municipal. É um fartote. O sentimento de impunidade é total.

Como se isto não bastasse temos uma casa da avó e uma renda que nada mais é do que um flop, ou se quiserem uma historia do lobo mau e da avozinha, do BE. Esqueceu-se a menina que o Robles foi um dos maiores especuladores do imobiliário.

E como se isto não bastasse, temos um partido defensor dos trabalhadores que aposta também no imobiliário em Aveiro mexendo cordelinhos e usando as prerrogativas da sua posição como partido politico que desviou muito do património que hoje possuem. A tirada digna de Mr. Lapalisse é brilhante: “para aumentar os salários é fácil, é aumentar os salários!” Melhor do que isto nem na farmácia.

Para concluir temos uma figura triste de um defensor de tudo o que é publico e que usa os serviços privados porque não confia nos do público que ele tanto defende, vá-se lá entender estas hipocrisias. Não esqueçamos que segundo ele a culpa é dos outros!

Depois falam-se de cercas sanitárias… Ainda não entenderam que a culpa é apenas deles.

Ultimamente, uma outra notícia tem cavalgado as redes sociais: o P(N)S usou dados sensíveis sobre os nossos emigrantes para enviarem propaganda política para as suas residências, tudo no mais estrito cumprimento da lei… ah espera, é proibido pelo artigo 7º da lei 58/2019 de 8 de Agosto, de protecção de dados. A lei afinal só se aplica aos outros, fantástico!

Transversalmente, estamos perante um grupo de malfeitores que nos leva á dúvida existencial: em quem votar? Afinal agora é que é segundo eles! Mas se não for, será na próxima.

Até á próxima.

José Janeiro

 

 

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