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Sábado 4 de Maio de 2024  
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As eleições irão resolver alguma coisa?!

01-03-2024 - Joaquim Jorge

Estou cansado e saturado destas eleições legislativas, esta barafunda, vozearia e estardalhaço já passam os limites do racional.

Só se fala dos líderes dos partidos com assento da Assembleia da República. Só se fala de Ventura, Montenegro , Nuno Santos, Mortágua, Raimundo, Inês Real e Rui Tavares. Pouco se fala de Nuno Melo e nada de Gonçalo da Câmara Pereira. Os partidos sem assento parlamentar, coitados não têm direito a espaço mediático.

As notícias estão inundadas de comentadores inauditos e deslumbrados, chegando ao ponto, em que o tempo de comentário passa em largas dezenas de minutos o que se disse num debate. A política virou comentário estilo futebol.

Tudo que é demais é moléstia e o exorbitante número de debates na televisão, perderam o interesse, houve pouco conteúdo e os temas de verdadeiro interesse para os portugueses passaram ao lado.

Estas eleições tonaram-se as “ eleições de quem dá mais?” e as “eleições de cenários”.

Eu por mim, já tinha ido votar. Reparem que andamos nisto há mais de um mês e ainda falta algum tempo para o dia 10 de Março.

O problema maior é a sensação que podemos ter andado a perder o nosso tempo, a gastar o dinheiro dos contribuintes nestas eleições e, daqui a seis meses haver novas eleições.

Eu voto no partido A ou B ou C, não voto para que haja cenários de coligação! Depois das eleições logo se vê. Os partidos devem consultar os portugueses do que querem que eles façam.

Há gente no PSD, que prefere uma coligação com o Chega do que com o IL, há outros que preferem uma coligação com o PS. Há socialistas que nada querem com o BE e PCP, há outros que querem uma nova geringonça.

Esta coisa de se passar um cheque em branco, em que os portugueses votam e depois ficam a assistir na plateia como meros espectadores, tem que acabar.

A democracia devia ser um processo de consulta constante do que as pessoas querem.

Se a AD vencer pode ser uma vitória de Pirro. O controlo desse governo depende sempre do Chega. Se o PS vencer pode não chegar para formar uma maioria de esquerda.

E, o PSD que tanto criticou um governo do PS de António Costa que ficou em segundo, pode ter que engolir o que disse e mudar de ideias.

Tudo é possível, mas só depois do dia 10.

Joaquim Jorge

Fundador do Clube dos Pensadores

 

 

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