OS BUFOS

07-07-2023 - Eduardo Milheiro

Os BUFOS foram uma classe desprezível, autênticos lacaios da PIDE/DGS, que deram cabo da vida a muitos portugueses, portugueses que foram mortos, ou acabaram na prisão torturados, por causa destes excrementos.

Estes seres mais baixos que ratos, gente com habilitações escolares e conhecimento muito baixo, normalmente trabalhavam para o estado, uns eram contínuos em Liceus e Escola Comerciais e Industriais, Universidades e nas próprias repartições públicas, notários e organizações públicas onde os cidadãos tinham de obrigatoriamente de ir.

Alem destes ratos existiam unos outros, já um pouco mais instruídos e com outra formação escolar, os homens da Legião Portuguesa, que tinham uma espécie quartel no Largo da Penha de França onde tinham armamento, assim como a Mocidade Portuguesa que também tinha armas.

Vem isto a propósito de ver o SIS ser utilizado ao serviço de um Partido e não do País, já tomam acções sem autorização do Estado, basta uma chefe de gabinete ordenar, o que para mim significa um grande perigo para o Estado de Direito, temos aí outra PIDE não tarda nada e com a cumplicidade do primeiro-ministro.

Temos de estar vigilantes, eu pela minha parte todos os nomes que vier a saber desta gente divulgo-os de imediato.

Desta vez não me vou calar como quando soube nos idos de 74/75 de nomes de BUFOS de Almeirim, quase todos recrutado pelo Seixas, homem da PIDE/DGS e guarda-costas do Salazar, não denunciei publicamente alguns por dó, outros por alguma consideração pela família, guardei só para mim os nomes, aliás, é um hábito que sempre tive, muitas vezes calar-me por dó destes e de muita gentalha que não valia nada.

Mas na verdade, muitos dos seus descendentes triunfaram na política, ocupando hoje cargos de elevada relevância e com renumeração muitos acima da média dos portugueses, alguns nunca conseguiram arranjar emprego, outros foram despedidos por situações pouco claras, são estes os heróis de hoje da democracia.

Mas um dia, levam-me ao limite e depois salve-se quem poder.

Eduardo Milheiro

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