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“PSEUDO REFUGIADOS” E CRIME

14-04-2023 - Francisco Garcia dos Santos

Por “natureza” pessoal e motivos religiosos, pois sou católico apostólico romano, nunca fui, não sou, e muito dificilmente serei racista e/ou xenófobo, já que considero, na senda dos Santos Evangelhos e na Doutrina há muito consolidada da Igreja, que toda e qualquer pessoa humana é filha de Deus, com igual dignidade, deveres e direitos, algo que o grande intelectual, insigne filósofo e humanista portuguêsmissionário Padre Jesuíta António Vieira(Lisboa, 06-02-1608 – São Salvador da Bahia, Brasil, 18-07-1697), já no Séc. XVII invocou em defesa da abolição da escravatura, mormente dos índios brasileiros, o que então lhe custou dissabores com o Santo Ofício, vulgo Inquisição, em Lisboa.

Contudo, tal não invalida que eu seja nacionalista e “europeísta” (não no sentido que se atribui a quem defende a Europa comunitária -U. E.-, mas tão só os Povos, Culturas, credos religiosos de matriz cristã, costumes, hábitos de vida, etc.), cujos conceitos poderão ser algo difusos ou subjectivos no seu todo. Porém, a forma como entendo os mesmos não implicam ser anti-democrático, defensor da Liberdade latu senso, da livre expressão de pensamento e do verdadeiro pluralismo sócio-político no que concerne à organização de cidadãos em partidos e movimentos políticos. Aliás, se assim não fosse, jamais o meu caríssimo amigo e companheiro Eduardo Milheiro, há cerca de 7 ou 8 anos, não me teria convidado para “escrever” neste Jornal, embora nos inseramos em quadrantes políticos diversos.

Posto isto, se alguma “autoridade” tenho para escrever as linhas que se seguem, invoco o facto de os meus Avós paternos e maternos terem acolhido e tratado como filhos crianças austríacasno seio das suas Famílias e casas na minha cidade de Estremoz (Alentejo), verdadeiras “refugiadas de guerra”, durante a II Guerra Mundial via “Cáritas” (organização internacional da Igreja Católica Romana), sendo que o Estado português ou qualquer outra organização internacional não dessem às famílias de acolhimento ou às crianças um “tostão” (cêntimo do antigo Escudo português) para o seu sustento e frequência escolar.

Recordo o nome de um desses refugiados, o Ghert, que viveu com os meus Avós maternos e da idade da minha Mãe, o qual e sua Mãe, até ao falecimento da minha Avó em 1993, e que ele sempre tratou por Mamã portuguesa, lhes escreveram longas cartas de “Boas Festas” pelo Natal e na data do seu aniversário. Porém, e bem, essas crianças, logo que a Guerra terminou e houve condições para o seu repatriamento e reunião com as suas famílias, foram repatriadas para a Áustria.

Ora o que hoje se passa por toda, ou quase toda, a Europa, é o acolhimento indiscriminado de todo e qualquer cidadão africano e asiático, estejam ou não os seus países de origem em guerra ou sejam perseguidos política ou religiosamente, quantas e quantas vezes indocumentados, que atravessam o Mar Mediterrâneo e fazem recentemente a nova “rota” atlântica de Agadir (Sul de Marrocos) até ao Algarve (Portugal). Mas também, após desembarcados no Sul de Espanha e Itália, uma vez que não são minimamente “controlados” pelas competentes autoridades locais, e encontrando-se em território da U. E. e do “Espaço Schengen”, oque lhes permite a absoluta livre circulação por via terrestre (de autocarro, automóvel e comboio) por todos os países que integram o mesmo, rapidamente desaparecem dos supostos “locais de abrigo” -vide os regulares conflitos entre as autoridades fronteiriças de França e Reino Unido no Canal da Mancha.

Alegadamente, tais travessias são efectuadas em pequenos botes com motor outboard, ou seja, não integrados nas estruturas das embarcações, mas sim amovíveis e de pequena potência, jamais resistindo as mesmas e respectivo combustível a milhares de milhas náuticas/marítimas (1 milha, segundo o padrão britânico, é igual a 1,852 Kms) e a tempestades, pelo que só quem for ignorante ou tolo é que pode acreditar que essa gente faz percursos, como o da “rota Agadir-Algarve”, em tais botes, que é de bem mais de 1.000 Kms (distância aproximada entre Lisboa e a fonteira entre Espanha e França).

Óbvio é que tais migrantes ilegais, já que refugiados de guerra ou políticos, na sua esmagadora maioria o não o são, são transportados em navios de médio e grande porte desde as costas do próximo e médio Oriente e do Norte de África até perto das 12 milhas marítimas da costa europeia (e 12 milhas porque este é o limite convencionado internacionalmente de águas territoriais marítimas de cada país “ribeirinho”), “descarregando-os” aí para as ditas pequenas embarcações, mediante as quais já é muito fácil chegar ao destino, sendo que os ditos migrantes têm de pagar o transporte, cujo preço atinge entre 1.500,00 € e 2.000,00 €.Estamos, pois, perante uma inegável nova actividade “negreira”!

Mas quem promove este tipo de migração, e é proprietária dos navios de médio e grande porte são, em grande parte, ONGs (organizações não governamentais), supostamente beneméritas e humanitárias, mas que segundo foi veiculado há poucos anos por alguns dos principais órgãos de comunicação social europeus, sobretudo espanhóis e italianos, por cada migrante transportado e desembarcado em portos marítimos sul-europeus, ou deixados no limite das referidas “águas territoriais” para serem recolhidos por navios das autoridades europeias, a União Europeia pagava, ou paga, a tais organizações 1.000,00 € líquidos, ou seja, livres de impostos, sendo que depois os pseudo refugiados são sustentados pelos sistemas de segurança social de cada um dos países da Europa, e como soi dizer-se, com “cama, mesa e roupa lavada”, mais 500 € ou 600 € líquidos para gastarem como bem lhes aprouver, como acontece em Portugal (e digo isto por experiência própria em termos profissionais).

No que concerne a Portugal, pergunto?

Quando há portugueses que trabalharam uma vida inteira, pagaram impostos e contribuições para a Segurança Social, mas a quem é dada por esta a reforma mínima mensal que não chega a 300 €, a situação privilegiada dos ditos pseudo refugiados perante essas centenas de milhar de portugueses é justa!?

Vejamos agora a questão da criminalidade.

Tenho um amigo que está atento a tudo quanto é comunicação social europeia, e é raro o dia que não partilha informação de “última hora” sobre crimes praticados por tal gente, sobretudo de origem asiática e magrebina muçulmana, mormente violações de jovens mulheres e até de crianças do sexo feminino europeias, para além de homicídios por motivos religiosos e não só. Mas devido ao pacóvio “politicamente correcto” e auto-censura do “jornalixo” nacional, a menos que tais crimes sejam amplamente difundidos pelas principais estacões televisivas da Europa, os órgãos de comunicação social portugueses nada dizem sobre os mesmos.

Há poucos dias assistimos horrorizados há notícia, quase dada em directo pelas tvs, de que um pseudo refugiado afegão muçulmano sunita (uma das “correntes” do Islão, mas logo “desculpado” publicamente por ser alegado “louco”) assassinou barbaramente, mediante esfaqueamento no pescoço, típica forma de infringir a morte por islâmicos, de duas mulheres também muçulmanas xiitas ismaelitas no Centro Ismaili de Lisboa, portuguesas e da respectiva Comunidade também portuguesa, com antiga presença e tradição em Portugal, Centro esse onde recebia quase diariamente todo o tipo de ajuda.

A “corrente” islâmica ismaelita é “chefiada” por Sua Alteza Real o Príncipe Karim Aga Khan, o qual há poucos anos obteve nacionalidade portuguesa e sedeou em Lisboa as suas Fundações e negócios. De notar que este “ramo” do Islão e sua Comunidade portuguesa é extremamente discreta, pacífica, humanitária e benemérita, pelo que a Marina, de 24 anos, e a Farana de 49 anos de idade, não mereciam tal “sorte”.

Há pois que tomar medidas legais e práticas muito rigorosas quanto ao acolhimento temporário e repatriamento desses pseudo refugiados, tanto na Europa -como já começaram a ser adoptadas nalguns países da U. E., e fora desta pelo Reino Unido-, como em Portugal, para que o “mal” que vai grassando em Espanha, França, Suécia, etc., não nos venha contaminar e a espalhar-se por Terras Lusas.

Francisco Garcia dos Santos

 

 

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