GOVERNO PS/COSTA -
(COBARDES, “SACANAS” E OUTROS)
20-01-2023 - Francisco Garcia dos Santos
No meu artigo da passada edição de 06-01-2023 abordei de forma mais enfática as então 11 ou 12 demissões de membros do actual governo/PS/Costa, cujo partido venceu com maioria absoluta as eleições legislativas de 30-01-2022, aliás desejadas e proporcionadas pelo actual Primeiro-Ministro António Costa, Secretário-Geral/”líder” dos socialistas e então chefe dum Governo suportado minoritariamente na Assembleia da República pelo PS, mas, por vezes, também pelo PCP/”Verdes” e Bloco de Esquerda (lembram-se da “Geringonça!?), e nos últimos tempos pelo PAN.
As sondagens de final de 2021 previam que o PS poderia, em eventuais eleições legislativas, eleger/obter uma maioria absoluta de deputados para o Parlamento, caso as eleições ocorressem no início daquele ano. Ora, António Costa, sedento de poder absoluto, aproveitou a ocasião para desprezar as negociações sobre o Orçamento de Estado para 2022 com os partidos à sua esquerda, forçando o “chumbo” do mesmo na Assembleia da República e, tal como tanto desejava, “obrigou” o Presidente da República a fazer o que já publicamente havia anunciado, i. e., caso o dito Orçamento não fosse aprovado, dissolveria o Parlamento e convocaria eleições legislativas antecipadas –e assim sucedeu: a Assembleia da República foi dissolvida e foram convocadas eleições legislativas para 30 de Janeiro de 2022, tendo, na sequência das mesmas, Costa/PS obtido a tão ambicionada maioria absoluta.
COBARDES
A cobardia tem sido uma característica recorrente e bem patente em termos públicos do Primeiro-Ministro António Costa e dos seus ministros, com excepção da ex-Ministra da Saúde Marta Temido e do ex-Ministro das Infra-estruturas e da Habitação Pedro Nuno Santos que se demitiram (ainda que por motivos diversos), pois os demais, salvo raras excepções, incluindo Costa, assistiram às sucessivas demissões (ou promoveram-nas) dos seus secretários-de-estado, jamais assumindo as respectivas responsabilidades políticas pelos “falhanços” políticos e duvidosa idoneidade pessoal e/ou política dos seus subordinados -afinal, quem manda nos secretários-de-estado são os respectivos ministros, e nos ministros manda o próprio Primeiro-Ministro António Costa.
Com a demissão da ex-Secretária-de-Estado da Agricultura Carla Alves, que espantosamente exerceu o cargo por apenas 25 ou 26 horas (!), o número de demissões de membros deste Governo desde que tomou posse a 30 de Março de 2022, o que significa que o mesmo está em funções há menos de 10 meses, temos um ratio mensal de demissões de 1,3% governantes (incluindo a da referida ex-Secretária-de-Estado da Agricultura -já são, pelo menos, 13 demissões.
Contudo, e não querendo fazer a priori juízos de carácter pessoal e político, segundo notícias divulgadas pelos grandes meios de comunicação nacional, mormente tvs, parece que ainda existem no Governo membros que, “por isto ou por aquilo”, mais cedo ou mais tarde, se verão obrigados a demitirem-se, ou a serem “despedidos” por Costa.
Ora, o que esperam os outros ministros, cujos secretários-de-estado se demitiram, e o próprio Primeiro-Ministro Costa, face a tais demissões (incluindo as de ministros) para tirarem as devidas consequências políticas!?
Nada!
Se isto não é cobardia, então o que é!?
“SACANAS”
Os “sacanas” são os membros do Governo que indigitam familiares e amigos para integrarem o Executivo ou colocá-los em cargos de nomeação política na Administração Pública e/ou empresas públicas e semi-públicas, pouco lhes importando se os nomeados têm ou não qualificações académicas, técnicas, e experiência profissional para o exercício das respectivas funções.
Isto é puro nepotismo, o que em linguagem popular significa “compadrio”e, consequentemente, “sacanisse”.
OUTROS
Os “outros” constituem a miríade (um “universo”) de gente do aparelho socialista que por todo o País ocupam lugares “menores”, quer por nomeação política ou mediante concursos públicos feitos à medida dos candidatos, “entachados” nos órgãos da Administração Pública regional e local, como as Comissões Coordenadoras Regionais, Administrações Regionais de Saúde e Direcções Distritais da Segurança Social, autarquias locais e empresas municipais.
CONCLUSÃO
Este PS e seu Governo chefiado por António Costa está muito mais do que desgastado, está é evidentemente podre, e a sua podridão reflecte-se no erário público (impostos pagos por cidadãos e empresas -cada vez mais altos) e na falta de resposta do poder político a graves problemas com que diariamente se confrontam os Portugueses, como, por exemplo, os que assolam o Sistema Nacional de Saúde, entre outros.
Aliás, como tem vindo a ser amplamente divulgado pela comunicação social de âmbito nacional, já existem críticas a António Costa e mau estar dentro do próprio PS, sobretudo por quem nele ocupa lugares nos seus órgãos estatutários, mas não só. Não é que eu acredite nas “boas intenções” e “inocência” de tais críticos e incomodados com este estado de “coisas”, mas sim receosos de que, a curto ou médio prazo, percam os seus “tachos” e demais prebendas.
Quanto ao povaréu que votou PS/Costa nas últimas eleições, já começa nas “ruas” e nos “cafés” a demonstrar o seu descontentamento com este Governo por se sentir por ele aldrabado.
Portanto, oh Costa (!), tem lá a dignidade pessoal e a hombridade política de assumir responsabilidades e apresentares a tua demissão e do teu Governo ao Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa -é que ontem já era tarde!
Francisco Garcia dos Santos
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