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ELEIÇÕES

07-01-2022 - Francisco Pereira

Dia 30 do corrente mês lá seremos novamente chamados a exercer o nosso dever cívico de votar, temo porém que dali vá sair mais um grosso disparate. Recentemente o senhor Costa, perdendo completamente a vergonha, tem inundado os ecrãs televisivos atacando sem pejo o eleitorado com repenicadas e repetidas súplicas pedinchando uma maioria absoluta que o deixe de mãos livres para ajustar contas com os antigos parceiros da “geringonça”, partindo e repartindo o baralho sem ter de dar cavaco.

A senhora Catarina da extrema esquerda desdobra-se em torções e contorções de malabarista circense para que os votos pinguem e o seu partidelho continue a ter alguma projecção, algum peso numa futura nova congregação de más vontades que se proponha assumir um Governo.

Do outro lado da trincheira, a nemesis dos bloqueiros, a extrema direita do senhor Ventura, adensa o discurso, um nada oco diga-se, mas confesso que ali a espaços vejo alguns pontos pertinentes que importaria discutir com seriedade, sem alarido, fazendo para que se promovam verdadeiras reformas, não aquelas com que os politiqueiros patetas enchem a bocarra, mas reformas feitas e pensadas com seriedade que moralizem um pouco este sistema que está podre e caduco.

O partido do camarada Jerónimo, continua entrincheirado na bafienta luta dos trabalhadores, nada de novo, discurso oco, hipócrita completamente sem sentido, procuram tão somente uns votos que lhes encham os cofres, que lhes rendam as tenças de que tanto precisam para alimentarem o polvo de funcionários, controleiros e sedes partidárias, mais uma vez nada de novo.

Os cristãos centristas, a horda de ratos de sacristia ultramontanos, vai, felizmente, de mal a pior, o Chicão, puto empurrado para a liça porque nenhum dos “artistas” de topo se quis queimar bem os tramou, partidelho insalubre e pateta, prenhe de gentalha hipócrita, quase tão hipócrita com os seus gémeos comunas.

Os liberaleiros da IL, dão dó, pensam que descobriram a pólvora, discursos neo liberais de pacotilha, não é que em alguns pontos não tenham razão, mas no geral são mais uns “iuppies” patetas, que não jogam com o baralho todo, já tivemos um bom exemplo daquilo que são capazes com a tralha do governo do senhor Coelho, um bom exemplo de liberaleiros toscos, medíocres e com a acuidade intelectual de uma ameba com diarreia.

No PAN, é também mais do mesmo, cavalga-se a onda da ingenuidade urbana, apontam-se baterias aos “mauzões” preparando o golpe da “imprescindibilidade”, qualidade que dará um jeito enorme na eventualidade de a votação ser estilhaçada, sendo necessários acordos para viabilizar futuros governos, ciente disso a senhora Inês batalha com afinco para arrancar o máximo que conseguir para ser um fiel de balança e aceder ao poleiro governativo.

O senhor Rio mais o seu saco de gatos chamado PSD, que será provavelmente o mais votado, não o vencedor, pois acredito que a Abstenção será novamente o partido vencedor, dizia eu que o senhor Rio, vai andar em bolandas, se quiser ser governo terá de engolir sapos, terá de tragar alguns sapos de sabor horrível, mas se quiser chegar ao poleiro terá de o fazer.

Restam ainda uns fenómenos episódicos como por exemplo o Livre do senhor Tavares, entre outras várias aberrações, que serão sempre boas alternativas para votarmos de forma a estilhaçar a possibilidade de maiorias absolutas que são o pior erro em que poderemos incorrer.

Tudo isto dito, tenho para mim que é essencial evitar uma maioria absoluta de um só partido, seja ela de Esquerda ou seja ela de Direita, o ideal seria que só fosse possível ao partido mais votado formar governo se aliado a um partido de um espectro político oposto ao seu, por exemplo PSD e Bloco, PS e IL, isto seria o ideal, uma “geringonça” de Direita seria mau, porque exceptuando o Chega, as outras alternativas de direita são idênticas logo seria como se fosse uma maioria absoluta.

Dia 30 veremos o que daqui vai resultar, uma dúvida me assalta ainda, que fará Sua Excelência o Presidente da República, desconfio que desta feita já não teremos o mesmo cordeiro pacífico do mandato anterior, ainda que o seu proverbial sentido de Estado não o deixe fazer grandes disparates, isto porque o seu candidato Rangel foi às malvas, se não tivesse ido a conversa seria outra. Tenho no entanto muitas poucas esperanças no que dali vai resultar, temo este povinho embrutecido e dolente, temo os “cantos de sereia” de certos quadrantes armados em arautos da desgraça, temo verdadeiramente o peso da abstenção, por isso vá votar.

Francisco Pereira

 

 

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