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O ORÇAMENTO

22-10-2021 - Henrique Pratas

Não pretendia imiscuir-me nesta matéria mas isto já cheira mal e sinto-me na obrigação de fazer uma abordagem muito simples sobre este assunto.

Assim O ORÇAMENTO que se discute não é nem mais nem menos do que aquilo que a maior parte das famílias fazem mensalmente para que o dinheiro lhes chegue ao final do mês.

Cada uma das famílias que vive dos seus rendimentos do trabalho, das suas pensões de reforma outro tipo de rendimentos que usufrua, estes em menor quantidade o que é que faz no início de cada mês? Vê os dinheiros que vão receber e em função disso vão ajustar os seus gastos e nestes vamos encontrar os fixos e os variáveis. Quanto aos fixos não podemos fazer nada é pagá-los e mais nada, quanto as varáveis poderemos fazer a destrinça entre aqueles que são mais prementes e os que os não são, porque como a manta é curta para a generalidade dos portugueses há que fazer opções e as famílias fazem-no e de que maneira, temos ainda que considerar as despesas inesperadas, refiro-me a uma doença ou outra situação não programada, mas estas situações não podem, infelizmente ser planeadas por todas as famílias, devido aos parcos rendimentos que têm e vão ter que se sujeitar ao que a sociedade lhes coloca há disposição que não é nada ou muito pouco.

Meus caros fazer um ORÇAMENTO FAMILIAR é isto, simples não é? Aparentemente é mas para muitas das famílias não o é porque as receitas são poucas e as despesas muitas, mesmo assim elas podem fazer opções, como por exemplo não ter viatura própria ou outras deste cariz, outras optam por as ter e o dinheiro irá faltar para as despesas consideradas essenciais, tudo isto são questões de opções.

Voltando-me para o Governo do Partido Socialista e tendo em consideração o conteúdo do seu Programa de Governo e os Estatutos do Partido não se me afigura que este esteja a proceder com o que foi estipulado, mas o mau entendimento poderá ser meu, porque eu engano-me e tenho dúvidas.

Em meu entender estava na hora deste Governo fazer uma melhor repartição da riqueza entre salários, pensões e lucros dos donos do capital, por forma a tornar esta sociedade mais justa e equitativa, mas não curiosamente temos mais do mesmo, carrega-se no trabalhador e alivia-se nos detentores do capital, ora estas são as medidas de um PARTIDO que se diz SOCIALISTA e que diz na praça pública que se pauta pelos valores da social-democracia do norte da Europa. Mas eu só pergunto quem é que eles querem enganar? Está visto e revisto que “eles” só se importam com os bolsos deles o PAÍS é uma coisa que para ele só serve para falar em seu nome e colher os devidos proveitos, não para o País mas para quem nos Des) Governa.

A discussão que se tem feito à volta do ORÇAMENTO tem sido uma discussão estéril, porque há que diminuir a carga fiscal aos que têm mais baixos salários, há que acabar com o fator de sustentabilidade da Segurança Social, que gere muito mal os dinheiros públicos, ou pura e simplesmente não os gere e aqui vou incluir o Instituto de Emprego e Formação Profissional, I.P., (IEFP) que na minha opinião não gere emprego apenas se limita a pagar subsídios aos desempregados sem que a maior parte destes tenham em vista um emprego ou trabalho condicente com as suas habilitações profissionais e serve de instrumento de propaganda do Governo porque quando os desempregados deixam de estar inscritos do IEFP, deixam de constar para as estatísticas do número de desempregados e desta forma ardilosa se diminui o desemprego em Portugal.

O nosso ORÇAMENTO DE ESTADO está mal feito e perde-se tempo a discutir medidas de política económica que não têm nenhuma consistência técnica, se notarem mantêm medidas do Governo PSD/PPD-CDS que tanto criticaram e não alteram as medidas porquê? Por birra, teimosia, por uma questão de afirmação para poderem dizer que quem manda aqui somos nós e fazemos as coisas à nossa maneira.

Não entendo de todo porque é que este Governo não aumenta os salários mais baixos, não no valor que afirmam, mas noutro mais digno, porque é que não aumentam as reformas mais baixas em detrimento das mais elevadas, não é justo estar-se a pagar o que se paga aos ex-gestores do BCP, CGD, BES e outros que pairam por aí, porque a sociedade está a demonstrar inequivocamente os “excelentes” atos de gestão” que praticaram e provavelmente outros que ainda viremos a conhecer, e estes “inteligentes” têm reformas “douradas” e sem serem beliscadas pelo fator de sustentabilidade em nada? Cá estamos nós para pagar tudo isto e muito mais que as excelências pretenderem.

A par disto tudo ficámos a saber que foi solicitada a anulação dos processos em que um banqueiro está envolvido pelo simples facto de sofrer de Alzheimer, é que se vamos por aqui e se a moda pega vamos ter doentes crónicos a dar com um pau e nós comum dos mortais só existimos para pagar estes “expedientes”? Não temos nenhuma regalia perante uma situação igual, ou será que nos vão oferecer bilhetes para irmos passar férias ao “Belize”.

Os senhores do Partido Socialista deviam ter vergonha na cara e assumirem-se como tal, porque envergonham muitos dos que ajudaram a formar o Partido, mas que lamentavelmente já não se encontram entre nós.

O Partido Socialista tem tudo nas mão para fazer aprovar um ORÇAMENTO decente com as medidas que enunciei anteriormente, vamos ver se tem coragem, vontade para o fazer, porque na minha opinião se não o faz a muito breve prazo desaparece do mapa político português.

Henrique Pratas

 

 

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