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«SACO AZUL» DE MILHÕES INFECTA MEMÓRIA DO PEDRO MANUEL…

03-10-2014 - Alfredo Barroso

NÃO ME ESPANTA MESMO NADA QUE VENHA AÍ À SUPERFÍCIE UM ESCÂNDALO DE MUITOS MILHÕES QUE «SALPICARÁ» AINDA MAIS PEDRO MANUEL MAMEDE PASSOS COELHO, «O COISO»...

De facto, um antigo diretor-geral da Tecnoforma, Luís Brito, veio agora a público afirmar que existia na organização uma companhia offshore que servia para depositar milhões de dólares vindos de Angola. «Funcionou como um saco azul», chegou a afirmar Luís Brito. Já o antigo dono da Tecnoforma, Fernando Madeira, reagiu às últimas declarações de Passos Coelho e garantiu que este tem «memória curta», revela o Expresso.

O ex-diretor-geral da Tecnoforma, Luís Brito, revelou que durante 15 anos, entre 1986 e 2011, os donos da Tecnoforma tinham uma companhia offshore na ilha de Jersey onde depositavam milhões de dólares, por ano, vindos de Angola. Luís Brito acrescentou ainda que a Form Overseas Limited - essa companhia offshore - «funcionou como um saco azul» para despesas não documentadas em Portugal, cujos valores «não constavam da contabilidade da empresa».

O dinheiro tinha origem nos serviços da Cabinda Oil Gulf, da Chevron, e eram transferidos para essa offshore verbas que depois passavam para uma conta da Tecnoforma no Banco de Indústria e Comércio, em Almada.

Luís Brito garantiu ainda que o Centro Português para a Cooperação (CPPC) representou um custo anual «de 200 mil contos, um milhão de euros na moeda actual», entre 1997 e 1999, altura em que esta organização foi criada pelos donos e administradores da Tecnoforma e presidida por Pedro Manuel Mamede Passos Coelho.

«Os valores globais foram abordados internamente na empresa na altura, de modo informal, quando alguns responsáveis de operações reuniam com a administração para discutir os resultados anuais. O CPPC representou cerca de 600 mil contos ao longo desses três anos», explica Luís Brito.

«Eu tinha acesso aos montantes de pagamentos feitos pela petrolífera e à correspondência trocada com a Form Overseas, incluindo ordens de transferência bancárias enviadas pela Tecnoforma», diz Luís Brito.

Quanto ao CPPC diz que sabe pouco. «Sei que foi criado para expandir de operações em África, em Cabo Verde, Moçambique mas também países fora do universo da lusofonia, e com o objectivo de ir buscar fundos ao Banco Mundial e à Comissão Europeia».

Relativamente às declarações do primeiro-ministro, esta sexta-feira (dia 26) no Parlamento, em que afirmava não ter recebido «milhões» em despesas porque não existia esse dinheiro, o responsável pela criação do CPPC e o antigo dono da Tecnoforma, Fernando Madeira não revela o valor concedido ao primeiro-ministro em termos de remuneração e afirma ao Expresso: «Se Pedro Passos Coelho, que é 30 anos mais novo do que eu, tem pouca memória do que se passou há poucos anos, porque é que eu hei de ter melhor memória que ele?».

Alfredo Barroso

 

 

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