Edição online quinzenal
 
Sexta-feira 19 de Abril de 2024  
Notícias e Opinião do Concelho de Almeirim de Portugal e do Mundo
 

INACREDITÁVEL

09-04-2021 - Henrique Pratas

O que se passa neste País é perfeitamente inqualificável ou inacreditável como quiserem e escrever sobre o que se passa nele já se torna fastidioso, porque estamos sempre a escrever de esquemas, expedientes ou outras formas de sobrevivência pouco dignas de uma democracia de plenos direitos, que em meu entender, é cada vez menos democrática em todos os setores da sociedade, não vale a pena estar a distinguir algum sector porque todos eles funcionam de uma forma inapropriada.

Por mim tento-me manter à margem destes expedientes todos mas de quando em vez quando temos que entrar no “sistema” por força de qualquer circunstância é que damos conta do estado a que isto chegou e nesta fase o que distingue o bom ou mau funcionamento dos serviços são as exceções, ou melhor os profissionais que fazem parte da solução e não do problema, porque se calhamos com um manga-de-alpaca, é que nem para trás nem para a frente e a sociedade portuguesa em termos de peso relativo está cheio destes últimos em desprimor dos primeiros, porque dá muito jeito aos diferentes estas personagens, porque tal e qual como eles não atam nem desatam e como nós muitas vezes ouvimos as coisas não são para resolver são para serem resolvidas e andamos nisto deste o primeiro rei de Portugal e não vamos mudar, porque como está em voga agora isto faz parte do nosso ADN e não há nada a fazer, o 25 de abril foi há muito tempo e Homens com vontade de mudar eram poucos comparados com aqueles que o que queriam era tirar partido dele, como é muito fácil constatar, não é necessário citar nomes porque eles sabem quem são.

Provavelmente a minha visão está um pouco inquinada pela incompetência que grassa neste País, mas isto afeta-nos a todos em geral e não faz destrinças entre o Norte, o Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Alentejo, fizeram deste País uma porcaria, para não utilizar outro adjetivo mais popular e que de acordo com um parecer do senhor Presidente da República, enquanto Constitucionalista, não pode ser considerado vocabulário impróprio.

Temos o que merecemos, porque durante anos e anos não fizemos nada para que as coisas fossem diferentes, por esse motivo não nos podemos queixar e aquele que se queixar disto ou daquilo, em meu entender deveria levar com a cachaporra, todos os dias, para ver se abriam a pestana, mas mesmo assim tenho sérias dúvidas porque somos medíocres, não sabemos viver em sociedade e desde que eu esteja bem, quer lá saber se o meu vizinho está bem ou mal, fomos educados desta forma e eremos permanecer assim não sei até que geração, se é que algum dia seremos capazes de romper com esta forma de ser e de estar.

Atrevo-me a escrever, nós enquanto POVO, não existimos, o que se verifica é que somos um amontoado de pessoas, com letra pequenina, porque é isso que somos “pequeninos”, “medíocres”, “malformados”, “mal-educados” e como costumo dizer metemos os cotovelos dentro do prato da sopa, não sabemos ser nem estar, o que é poderíamos querer mais para viver num burgo tão pequeno onde diariamente se cometem as maiores atrocidades a diferentes níveis.

Eu faço uma salvaguarda é certo que eu generalizei, não somos todos assim e estas generalizações são sempre perigosas, mas a maior parte da população portuguesa é como descrevi, por isso estamos no estado e que estamos cada vez mais subdesenvolvidos e o Costa ainda se atreve a dizer que não podemos ser um País como a Islândia e eu pergunto-lhe porquê, temos menos capacidades profissionais ou intelectuais ou dá muito jeito ao poder politico que estejamos neste estado para que eles tenham espaço de manobra para poder chafurdar à vontade e a seu belo prazer, porque se fosse na Islândia, já teriam sido responsabilizados e sofrido as sanções dos atos que praticam.

Nós temos “costelas” dos Fenícios que como sabem foi um povo que passou por cá há uns anos largos atrás e em vez de ficarmos e retermos o melhor que eles possuíam conservámos o pior que eles tinham o jeito para o negócio, daí que as gerações que se seguiram em vez de apostarem na produção de bens que sustentassem a economia, dedicámo-nos ao que era mais fácil a “negociata” o enganar o próximo para obter proveitos chorudos sem investir rigorosamente nada, dedicámo-nos às tão bem ditas transações comerciais, onde não se cria riqueza, mas apenas se transfere valor de um lado para o outro, em proveito de um “chico esperto”.

É esta a sociedade que temos em todas as nossas vertentes e quando nos dias que correm sentirem ou virem que alguém não se comporta desta maneira desconfiem, porque das duas, uma, ou já lhes foram aos bolsos, ou estão em vias disso.

Henrique Pratas

 

 

 Voltar

Subscreva a nossa News Letter
CONTACTOS
COLABORADORES
 
Eduardo Milheiro
Coordenador
Marta Milheiro
   
© O Notícias de Almeirim : All rights reserved - Site optimizado para 1024x768 e Internet Explorer 5.0 ou superior e Google Chrome