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CRITÉRIOS DE VACINAÇÃO

05-02-2021 - Henrique Pratas

Supostamente nesta pandemia e de acordo com as instruções do Governo estabeleceram-se critérios de vacinação, eu não me enganei, o que estão a ler são critérios e não critério de vacinação, tudo isto porque já foram mais do que muitos consoante os interesses instalados, enfim uma pouca vergonha que é o reflexo da mediocridade e dos dirigentes do País onde vivemos.

Um primeiro critério foi estabelecido, que envolvia a vacinação da população mais idosa e dos cidadãos com outros problemas de saúde manifestamente graves e para os quais não têm cura, aí o Presidente da Assembleia, gritou do alto da sua cátedra então e os políticos, com o intuito que os focos incidissem sobre a sua pessoa, outros juntam-lhe o Presidente da República e logo a seguir os detentores de cargos governativos com exercício de funções diretas no combate há pandemia e aparentemente estava elaborado um critério diferente do inicialmente estabelecido.

Mas vai-se a ver e constatamos que todos os dias ocorrem atropelos, desvios, trafulhice na aplicação do critério supostamente estabelecido, temos então uns que não querem ser vacinados, o PPD/PSD que já vai na segunda lista de deputados a serem vacinados e do PS que se saiba não existe nenhuma lista, ou então serão todos vacinados, aqui apenas queria destacar pela negativa um excelso deputado de tenra idade que faz questão em ser vacinado, sem que aparentemente se conheça doença crónica.

Por outro lado, como assistimos todos os dias as vacinações fora deste contexto são mato, deste Diretores da Segurança Social, a gestores de lares da Santa da Casa da Misericórdia e de outros lares que estão sob a alçada da Segurança Social e os ditos lares ilegais, ilegais apenas no nome porque a Segurança Social, coloca lá dinheiros públicos, e na minha opinião não pode nem deve afirmar que os lares são ilegais porque se o faz está a ser conveniente com uma prática que não devia acontecer.

A par disto já vamos em vereadores, jardineiros, motoristas, mulheres, filhos e outros profissionais ligados a alguns “padrinhos” que são benfeitores com os dinheiros alheios, é um fartar vilanagem, enquanto estes desmandos acontecem a maior parte dos profissionais de saúde que deviam estar já nesta altura vacinados, ainda não o estão, andamos a brincar com a saúde pública ou no pior das alternativas, vou-vos escrever uma coisa que me custa muito a escrever mas que talvez tenha algum fundamento, dá a ideia que este Governo quer que os idosos, a maior parte deles pensionistas morram para não ter mais encargos com aquilo a que um “ilustre” deputado do PPD/PSD chamou de “peste grisalha”.

É triste, mas chegamos à conclusão de que há uma ausência de critério de vacinação e lá entramos nós no esquema, estratagema, cunha, facilitismo e compadrio, uma vergonha.

Estamos perante um critério desregrado, ou há toa como quiserem, que vergonha nem nisto somos sérios. Eu ao escrever este texto penso naqueles que estão mais desprotegidos e que “bebem” aquilo que os meios de comunicação social lhe debitam diariamente e que são muitos, porque como sabem, tão bem ou melhor do que eu as maiores destas pessoas acreditam nas verdades que alguns mentores territoriais lhes contam e não sei quantos já faleceram por causa destas práticas perfeitamente condenáveis.

Até numa campanha de vacinação existe uma que é a legal e outra que é a paralela, tal e qual como numa sociedade e principalmente em áreas como a financeira, onde existe uma que é a real e a outra que caminha completamente fora do sistema e que se designa por paralela.

Como é que é possível num País tão pequeno e numa situação dramática que isto aconteça, mas acontece meus caros, porque não existe decência, valores ou princípios, vale tudo, sinto-me triste e cada vez mais envergonhado de ter nascido neste País não por mim, nem por muitos que conheço, mas pelas práticas abusivas que são cometidas diariamente, até numa situação mais delicada para a população portuguesa.

Cuidem-se e evitem, na medida do possível as exposições grupais. Sei que não é fácil, mas se não têm ninguém que os defendam, têm de ser vocês a defenderem-se com as poucas armas que têm.

Henrique Pratas

 

 

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