O confinamento e o Combate ao COVID pelo PS
22-01-2021 - Eduardo Milheiro
Qual confinamento qual quê? Este confinamento está a ser feito com os olhos apontados às próximas autárquicas e legislativas. Sei que muitos autarcas pressionam as forcas de segurança no sentido de não serem muito rigorosos com os munícipes porque não querem que eles fiquem descontentes e vão votar noutra seita.
Este artigo foi escrito em 18 de Janeiro, algumas das coisas aqui descritas já podem ter mudado com as novas medidas do Estado de Emergência.
No Natal e fim do Ano as regras restritivas não foram respeitadas, nunca com a experiencia de primavera as autoridades não deviam ter permitido os ajuntamentos das famílias, porque com esta desculpa do juntar-se à família, ouve famílias que se juntaram, ficando uns na cozinha, outros na sala de jantar e outros na sala de estar. Isto tudo como se o vírus não actuasse por ser Natal, ou passagem de Ano, só que este vírus é mais rápido no gatilho que o anterior.
Na zona de Almeirim, houve festas de passagem de ano com porcos assados, foi este o confinamento que houve em Almeirim.
Ainda andavam à procura do vírus que se tornou mais rápido a infectar as pessoas no Reino Unido, também já ele andava a infectar os portugueses.
Nas regras de confinamento, os cafés que vendem ao postigo, vendem ao postigo mas é para as pessoas beberem na rua, transformando as proximidades dos cafés em esplanadas em que se está de pé, mas provocando ajuntamentos para o bicho andar a passear entre eles.
Dou uma volta por Almeirim para ir ao pão, e nestes dias nunca vi uma patrulha da autoridade, neste caso da GNR, na rua fiscalizando comércio e transeuntes, mas vi e vejo gente sem máscara e sem respeito pelos outros.
A única acção que vi das autoridades foi uma visita a um café, para um tenente da GNR, seis militares e um cão dar uma entrevista à TVI, o que não deixa duvidas que foi uma acção de propaganda, concertada com a TVI.
Os Grandes culpados do agravamento da Pandemia são o 1º Ministro Costa, a Ministra da Saúde e o Ministro da Administração Interna.
Vamos por partes:
O 1º Ministro parece que não aprendeu nada com a primeira vaga da Pandemia em Março, Abril e Maio.
A Ministra da Saúde deve-lhe ter passado ao lado tudo o que aconteceu. Os hospitais estão cheios, estão todos a rebentar pelas costuras, o número de infectado disparou de uma maneira impressionante, e nas mortes o mesmo, e a palavra que mais se ouve na comunicação social é “a tragédia que vivemos”, na verdade com tanto morto que causa a maior taxa de mortalidade de sempre.
Na primeira vaga de Covid foram montados hospitais de campanha, o primeiro-ministro e a ministra da saúde não sabiam que ia haver um descalabro nesta segunda vaga, só não sabiam ou porque não andam com atenção ou ignoraram a situação e por isso deviam ter reactivado alguns desses hospitais de campanha.
As medidas ordenadas pelo governo para os cidadãos não são cumpridas, mas têm de ser, aqui o ministro da administração interna é o responsável, devia ordenar que a fiscalização fosse feita pelas autoridades policiais, que pelo que se vê não fazem.
Esta semana anunciaram a criação de dois hospitais, um na Cidade Universitária e outro na Cidade do Futebol, depois de casa roubada “Trancas à Porta”
Portugal é o primeiro país com mais novos casos de infecção por milhão de habitantes no mundo.
No que respeita mortes por dia somos o segundo por dia.
O que aqui aconteceu para a tragédia que estamos a viver foi os governantes assobiarem para o lado, o que interessa é aparecer nas televisões com se tratassem de vender pepsodent.
Estamos quarto lugar nas mortes
Toda a gente, especialistas, médicos e outros entendidos, no qual destaco a Ordem dos Médicos que exige confinamento no mínimo igual ao de Março de 2020.
Para que se tenha uma ideia ainda mais clara do comportamento dos portugueses, aquilo que se viu no domingo em Cascais (e não só) é um insulto a todos os Portugueses, em especial aos que, cumprem e aos que, na linha da frente estão a aguentar o barco. Centenas de pessoas a passear sem máscara e a falar em grupo, ao mesmo tempo que um carro da PSP passava por elas sem qualquer acção punitiva ou dissuasora, é a amostra de que a lei não está a ser cumprida nem está a fazer-se cumprir. O Ministro Cabrita não tem nada a dizer dobre estas situações? E o Primeiro Ministro Costa?
Um médico diz que nunca tinha visto morrer tanta gente, no passado domingo no hospital de Cascais já tiverem de escolher quem morre e quem vive.
Já somos o segundo País do Mundo com mais infecções por dia, e resumindo, com esta situação e com este desastre, duas medidas se exigem de imediato, a substituição da Ministra da Saúde, que manifestamente não percebe nada de saúde e de pandemias muito menos, deve saber é de secretaria, “não podem gastar mais dinheiro porque não há”, deve ser o que ela aprendeu a dizer com todos os canudos que tem, e o Ministro da Administração Interna, dá a impressão que a GNR e a PSP andam em roda livre, fazendo as acções que entendem fazer, e o ministro que se dane, são as escolhas do Costa para um governo em que ele também está mais.
Uma conclusão eu tiro deste cenário que o meu País me mostra, não temos um Primeiro-ministro que seja capas de lutar contra a pandemia, parece estar mais interessado em preparar o caminho para depois desta legislatura arranjar um lugar de Comissário na União Europeia.
Ministra da Saúde Marta Temido e Ministro da Administração Interna, demitidos e substituídos por gente capaz, para o lugar da Marta Temido alguém que saiba de Pandemias, vírus e combate ao mesmo, para o lugar do Eduardo Cabrita alguém que saiba o que é uma linha de comando e que as ordens de cima são para serem compridas, e que nesta situação não podem andar em autogestão.
Como já tinha escrito as linhas acima quando o Primeiro-Ministro Costa, anunciou na segunda-feira novas medidas, parece-me que algumas são a solução possível para alguns dos buracos que os Chicos espertos utilizavam para contornar a Lei.
Penso que estas novas medidas vão, talvez, desde que haja policiamento, melhorar a situação pandémica que vivemos e que poderá ver aqui ("Até dia 24 a pressão sobre o SNS deverá aumentar e continuaremos a ter aumento de mortes"
Vamos ter muito cuidado e estarmos atentos e defendermo-nos cumprindo com as directrizes que nos são dadas pelo governo, porque mesmo assim é Lei e é para cumprir.
O primeiro ministro, António Costa, anunciou 10 medidas que agravam as restrições e impõem o confinamento:
- É proibida a venda ou entrega ao postigo de produtos em qualquer estabelecimento do ramo não alimentar, como em lojas de vestuário;
- É proibida a venda ou entrega ao postigo de qualquer tipo de bebida, mesmo café, nos estabelecimentos alimentares autorizados à prática de take-away;
- É proibida a permanência e consumo de bens alimentares, à porta ou na via pública, ou nas imediações, dos estabelecimentos do ramo alimentar;
- São encerrados todos os espaços de restauração inseridos em centros comerciais, mesmo os que podiam operar no regime de take-away;
- São proibidas todas as campanhas de saldos, promoções e liquidações que promovam a deslocação ou concentração de pessoas;
- É proibida a permanência em espaços públicos de lazer, tais como jardins, que podem ser frequentados, mas não podem ser locais de permanência;
- É solicitado aos autarcas que, tal como em março e abril de 2020, limitem o acesso a locais de grande concentração de pessoas, como frentes marinhas ou ribeirinhas, e limitem a utilização de bancos de jardins e parques infantis, e locais de desporto individual, como ténis ou padel;
- São encerradas todas as universidades seniores, centros de dia e centros de convívio;
- É reforçada a obrigatoriedade do teletrabalho, de duas formas: por um lado, todos os trabalhadores que tenham de se deslocar para prestar trabalho presencial carecem de credencial emitida pela respetiva entidade patronal, por outro, todas as empresas de serviços com mais de 250 trabalhadores têm de enviar à ACT a lista nominal de todos os trabalhadores cujo trabalho presencial considerem indispensável;
- É reposta a proibição de circulação entre concelhos ao fim de semana e todos os estabelecimentos de qualquer natureza devem encerrar às 20h00 nos dias úteis, e às 13h00 aos fins de semana, com exceção do retalho alimentar, que aos fins de semana, se poderá prolongar até às 17h00.
A par destas dez medidas, o primeiro-ministro disse que as mesmas vão ser “acompanhadas do reforço da fiscalização por parte da ACT e também das forças de segurança, a quem foi determinado — e muito em especial à PSP — uma maior visibilidade da sua presença na via pública”.
Segundo António Costa, esse aumento da visibilidade terá maior incidência “nas imediações dos estabelecimentos escolares, de forma a ser um factor de dissuasão e a impedirem ajuntamentos que são uma ameaça à saúde pública”.
Para terminar, quero dizer que ainda há muita gente em risco, se nos lembrarmos das escolas, alunos e professores e restante pessoal e gente que se movimenta ultrapassa os dois milhões de pessoas, esta situação tem de ser muito bem vista, testes, e todas a medidas bem apertadas para não haver surpresas, principalmente nas crianças, sendo que muitos técnicos defendem o encerramento das mesmas.
Já sabemos que principalmente a restauração, se não for bem ajudada, vai ser uma tragédia, se há dinheiro para tanto malandro tem de haver dinheiro pata esta gente, é que sem apoio e muito do governo, vai tudo falir e muito desemprego vai gerar.
Cuidem-se e fujam do bicho, porque estamos a viver uma verdadeira tragédia, e que o Serviço Nacional de Saúde de aguente e que o Governo tenha coragem para requisitar os hospitais privados para ajudarem a combater esta pandemia, porque de outra maneira parece-me que vamos ter muitas mortes em Portugal.
E não acreditem no que diz o Governo, a política deles é fazer campanha e não aplicar as medidas que o povo não gosta a pensarem em não perder votos nas próximas eleições que aí vêm.
Eduardo Milheiro
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