Vaidade
01-11-2013 - Francisco Pereira
Demasiada ambição pela perfeição do aspecto físico, beleza, para impressionar os outros.
Somos demasiado apegados a modas e bricabraque, a traquitanas sem préstimo, somos demasiado vaidosos, adoramos ostentar, presumimos importância e adoramos puxar dos galões para de forma sobranceira nos sobrepormos uns aos outros, em resumo, somos um povo muito vaidoso, mas somos sobretudo labregos e parolos dado que temos muito poucos motivos para sermos vaidosos.
Por norma nas nossas deambulações profissionais confrontamo-nos diversas vezes com gente vaidosa, por norma os menos competentes, existe uma qualquer relação obscura entre o poder e os incompetentes, isto deveria ser estudado com acuidade pelos nossos sábios. Os poderosos que tomam decisões, tendem a rodear-se de mentecaptos vaidosos, que adoram brilhar, aparecer nas redes sociais e nas festarolas, para quê?
Ora pois para tapar a sua incompetência, para não deixar à mostra a pouca capacidade e até digamos a muita burrice de que são detentores, há definitivamente qualquer coisa de estranho nos senhores do poder, porque raio se rodeiam quase sempre de incapazes e incompetentes, será por medo?
Acreditamos firmemente que a pessoa vale não pelo que aparenta, não pelo número de fotografias que tem no Facebook, não pelo carro novo, não pelas jóias, mas pelo bem que faz aos outras e pela competência que demonstra a faze-lo, pelo profissionalismo e pelo zelo, pela honestidade e dedicação a causas comuns que tragam decência e qualidade de vida para a sociedade, infelizmente o que mais vemos é vaidade, vaidade até na forma protocolar de tratamento, em que toda a besta quer ser doutor, cai aqui como mel na sopa a quadra do superior Aleixo;
“Há tantos burros mandando
Em homens de inteligência,
Que às vezes fico pensando Que a burrice é uma ciência!” |
Vanitas vanitatum omnia vanitas!
Francisco Pereira
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