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INCOMPETÊNCIA

17-07-2020 - Henrique Pratas

Da nossa classe são poucos os detentores de cargos políticos que são competentes, porque a maior parte deles são formados nos partidos e nunca colocaram as mãos na massa, isto é exerceram funções em empresas ou organismos/instituições públicas e se o fizeram não foi para construírem nada, foi apenas para desempenharem a missão de comissário politico, há gente que se preste a isto.

Mas as situações pelas quais estamos a passar decorrem essencialmente de um factor a falta de competência para o exercício das funções que lhes foram atribuídas e contra isso nada ou pouco podemos fazer, isto está organizado desta forma que a propósito da TAP, o Ministro das Infraestruturas e da Habitação, afirmou que para geria a TAP era necessário recorrer ao estrangeiro para arranjar alguém com competências para o fazer. Eu não acredito nisso, porque temos cá dentro muita gente com capacidade para o fazer, se ele dissesse que Miguel Frasquilho não tinha competência para o fazer eu acreditava, porque conheci o pai dele que era de uma incompetência a toda a prova, tendo-o demonstrado na gestão do Porto de Lisboa, já em relação ao filho acho que ainda é pior, se tal é possível, porque o que conheci de outras andanças e não acerta uma a não ser o de não fazer nada ou fazer o que lhe mandam a troco de uns pagamentos realizados através do saco azul, é mais um moço de recados do que outra coisa que é enterrado quando não é preciso, mas quando se torna necessário que faça trabalho sujo, ressuscitam-no e ele aí cumpre escrupulosamente o que lhe mandam fazer, excedendo por vezes o que lhe incubem, resumindo e concluindo não passa de um moço de recados, mas mau, na minha opinião.

Mas voltando ao motivo que me leva a escrever este texto, existe muita incompetência no meio político e nos nossos governantes, tudo isto porque a maior parte deles são carreiristas, vaguearam nos meandros dos partidos políticos fazendo os recados que lhes disseram para fazer e profissionalmente nada fizeram. A par desta situação não se deram ao trabalho de conhecer o País real, apesar de falarem dele, falam por aquilo que alguém lhes contou, não foram eles próprios que o fizeram, por isso falam de cor ou de ouvido como queiram e depois os erros que cometem no processo de tomada de decisões é constante e sistemático, porque as medidas anunciadas e promulgadas não têm nenhuma aderência há realidade e a sua produção de efeitos é nula ou em muitas situações contra procedentes e de efeitos contrários aos que são desejados.

Nós vamos de mal a pior porque alguns dos deputados o que pretendem é ter imunidade mais nada, porque lugares no Governo ou em Organismos Públicos não os querem, porque apenas pretendem dedicar-se à sua actividade profissional para ganharem o que muito bem quer e lhes apetece, com a cobertura da imunidade parlamentar para que ninguém lhes toque nos actos que praticam. Os restantes e que apenas se dedicaram há política, delimitaram-se a deambular nos meandros políticos/partidários e a fazerem os recados que lhes mandam fazer, sem a sustentabilidade necessária assente em competências ou capacidade profissionais, limitam-se a obedecer à voz do dono e uma vez mais estamos perante comissários políticos sem opinião, mas que seguem cegamente ao lidar máximo do Governo Português e dos interesses instalados.

E assim vamos caminhando erraticamente e tomando medidas pouco sustentadas e muito pouco consistentes há espera para ver o que dá e logo se vê e se arranjará um discurso próprio para o efeito. Sim porque até nos discursos não existe coerência, nem consistência no que é pensado se pretende implementar, trata-se apenas de palavras ditas há toa sem a mínima preocupação de que exista uma consistência das palavras na acção que se pretende concretizar para melhorar as condições de vida dos portugueses ou dar orientações precisas e concisas para resolver os problemas que vão ocorrendo no País. Estamos entregues à nossa sorte, sem que os nossos governantes se preocupem minimamente com o nosso bem-estar, a única coisa que conseguiram foi afastar foi os portugueses para aquilo que eu entendo não ser o mais correto que é o cada um por si. Isto era a maneira se ser do tempo do Salazar será que as coisas não mudaram ou querem-nos fazer crer que esta é a melhor forma de estar na vida. Por mim acho que não e nesta fase de pandemia que eu esperava que ocorresse uma inversão na tendência, o que se constata é que o afastamento das pessoas está cada vez mais acentuado e isto não augura nada de bom. Os problemas resolvem-se em conjunto e não de forma isolada, mas é isto que parece que querem que não seja uma prática a desenvolver e a implementar na sociedade portuguesa, na minha opinião estão a empurrar-nos para o “malfadado orgulhosamente sós” de má memória.

Termino fazendo uma pequena alusão ao “embrulho” que arranjaram ao Juiz de Família que exerce funções em Mafra e que lamentavelmente se vê embrulhado sabe-se lá por quem em actos que nunca praticou, conheço de há muitos anos e o trabalho que tem desenvolvido ao nível da Magistratura, atreveu-se a dar uma pedrada no charco emunde e na forma como eram tratados os casos de atribuição do poder paternal, fê-lo de uma forma trabalhosa e foi contra alguns procedimentos que os Juízes que exerciam funções nestas áreas e isto obviamente que cria ódios de estimação, ele ouvia ambas as partes sem os acompanhantes que normalmente falam e exasperam-se, gritam e fazem espalhafatos inusitados para defenderem cegamente qualquer das partes, pronunciando-se sobre coisas que não sabem e mentindo com quantos dentes têm na boca. Este Juiz afrontou esta forma de fazer julgamento e de regular o poder paternal, teve a ousadia de ir contra as práticas que eram seguidas pelos seus companheiros de funções e como estava a fazer um excelente trabalho nesta área do Direito os seus pares, advogados e partes interessadas arranjaram-lhe este “caldinho”, que eu penso que se irá resolver a seu favor e rapidamente.

Ele teve a ousadia de dar a palavra às crianças que estavam a ser objecto da regulação do poder paternal, criou-lhes todas as condições para que se pudessem manifestar e contar o que lhes ia na alma e os factos que se passaram. É claro que para todos vós como para mim esta é a maneira mais certa de aplicar a Lei de uma forma objectiva e fugir aos episódios rocambolescos e de pouca utilidade em sede de audiência a não ser de criar nas crianças maior angústia e dar o prazer aos adultos malformados de se servirem de uma sala de audiências para manifestarem os seus ódios com o intuito das crianças ficarem com o progenitor que eles entendiam que eles entendiam. No meu modo de ver e de tratar destas situações o Juiz em causa agiu da forma mais adequada e tem vindo ao longo dos tempos a criar condições para que a aplicação da Lei nestas situações sejam o menos imparcial possível, arranjou “amigos”, que de forma cobarde e muito pouco transparente lhe querem colocar o trabalho que tem vindo a desenvolver ao longo de diferentes anos em causa.

Estamos perante um acto de maledicência e de “queimar” um Juiz que se dedicou de alma e coração a praticar Justiça numa área bastante difícil que é a Justiça de Família onde as arbitrariedades eram e ainda são cometidas com grande regularidade, advogados e partes tinham um esquema bem montado para quando estas situações ocorriam, posso-vos escrever que tinham mesmo uma forma de conduta para cumprirem à risca porque os Juízes encarregues destes casos gostavam do que lhes era colocado há frente dos olhos, ao fim e ao cabo gostavam do circo que lhes era montado e que eles assistiam de cátedra e no final limitavam-se a balbuciar a sentença, sem ser devidamente fundamentada ou suportada apenas pelo espectáculo que lhes montavam, este Juiz teve a ousadia de por fim a isto e agora está a sofrer as consequências dos seus actos, sim porque isto de romper com os hábitos instalados seja onde quer que seja tem os seus custos e vocês sabem-no bem.

Henrique Pratas

 

 

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