(In) Justiça
05-09-2014 - Francisco Pereira
Aquela senhora que diz que é ministra da Justiça, apesar das muitas dúvidas sobre essa qualidade, foi à televisão arengar sobre o novo, e muito contestado, Mapa Judiciário, de novo um nome muito pomposo e cheio de folhas de cálculo e cortes a eito, para justificar o delírio neo liberal da treta de um governo que insiste em matar o país para continuar a engordar os seus esbirros e apaniguados.
Aquela senhora que se arrasta pelo Ministro da Justiça, que segundo dizem é ministra facto que não está ainda provado, veio mostrar a quem a estava a ver, que realmente somos governados por uma Corja inenarrável, que não faz a mais pequena ideia do país onde vive, e ainda que se possa imputar essa má informação aos seus assessores, outra Corja de nulidades, a culpa torna-se sempre a quem assume a chefia, pois é para isso que é chefe, é para isso que lhe pagam, muito bem!
Não questionamos o corte cegueta dos tribunais, é apenas mais um corte cego, atabalhoado e revelador das opções politiqueiras de um governo absolutamente miserável, que mais não faz do que continuar o homicídio do interior do país tal como os governos anteriores fizeram, até porque por muito inconveniente que seja retirarem um tribunal, com as consequentes necessidades de deslocações bastante onerosas, acreditamos que esse nem é o principal problema da justiçazinha do faz de conta que existe nesta faz de conta de país, se atentarmos aos custos que a actual súcia governeira impôs aos actos judiciários, facilmente se percebe que num país de ordenados de quatrocentos Euros e reformas de duzentos, dificilmente o pobre cidadão pode despender de meia centena ou mais de Euros para iniciar uma acção, e este para nós é o grande drama desta justiça do faz de conta, que deveria ser gratuita, para ser verdadeiramente Justiça, assim, temos a Justiça, para os salgados deste país e a justiça para os pobretanas.
Aquela senhora que viaja de carro de estado, pago pelos impostos de todos nós, de sua casa até ao ministério, onde dizem que é ministra da Justiça, afirmou na televisão que os meios de transporte existentes para aceder aos tribunais, mesmo nos locais onde foram agora extintos tais serviços, servem perfeitamente. É preciso mesmo muita lata, ou então muita ignorância para declarar tal barbaridade. É preciso não conhecer realmente o país onde vive para proferir tal bojarda, o que mais uma vez prova que a qualidade da senhora para o desempenho do cargo que ocupa, fica muitíssimo aquém do mínimo desejável.
Aquela senhora que segundo parece é ministra, será? Já a entrevista ia a meio declarou que os senhores magistrados de um qualquer pseudo tribunal que está instalado em contentores, lhe confessaram que ali nos contentores tinham mais condições que no edifício onde estavam. Assumimos que ele há edifícios que prestam serviços públicos, absolutamente miseráveis, mas daí aos senhores magistrados acharem que se está muito bem dentro de um contentor, vai uma grande distância, mas enfim. Ao que parece os magistrados, após quatro dias de falhanços da tal plataforma e da tal grande mudança, a maior em 200 anos, como pateticamente tem sido alardeado pelas nulidades governeiras, foram pedir a intervenção da ministra, ora urge um pedido aos senhores magistrados, por favor não peçam a intervenção da ministra, ou melhor se calhar é de pedir sim, porque desse modo têm a certeza que dá bota, visto que a senhora tem uma grande propensão para as argoladas.
Aquela senhora que ao que consta é ministra de uma coisa que não existe em Portugal chamada Justiça, veio à televisão mostrar o tipo de gentinha que faz de conta que governa, a entrevista foi patética, a pobre senhora que insisto, alguns afirmam que é ministra, revelou que a ser verdade que é ministra, bem se percebe que anda a tal Justiça num estado tão miserável!
Francisco Pereira
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