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Statu quo

22-08-2014 - Francisco Pereira

Uma antiga expressão latina que significa mais ou menos «manter as coisas com estavam», por cá também empregamos esta expressão quando falamos do poder relativo de alguém na escala hierárquica do poder, económico ou outro qualquer, que luta por todos os meios para manter esse poder, perder o statu quo significa cair em desgraça ou descer abaixo da posição social e desafogo financeiro em que estava anteriormente.

Nós, os pobres diabos do povinho trabalhador, que paga impostos, sabemos muito bem que isto do “statu quo” tem que se lhe diga, num dado momento o nosso já precário «statu quo» transforma-se em «statu cu» e lá vamos de roldão pela pia a baixo.

Quando porém olhamos para os ordenados que as alimárias politiqueiras embolsam, sabe-se lá para fazer o que, pois no estado miserável em que está este país, não se percebe realmente o que anda toda esta tropa fandanga a fazer, percebemos de imediato o porquê de todos estes cortes e de todas estas agruras num país cada vez mais esfacelado.

Numa qualquer freguesia lá para as berças com menos de 5 mil almas, naqueles lugarejos onde o Demo nem sequer gasta tempo para lá ir o senhor Presidente da Junta lá da terrinha, com funções a meio tempo, ou seja, aparece lá na Junta a meio da tarde para assinar uns papeluchos e ver a miúda que lá trabalha que até é gira, embolsa quase 9 mil Euros por ano só pelo “meio tempo”, isto porque se estiver a tempo inteiro, o que é uma chatice pois passar 7 ou 8 horas sem fazer ponta de corno deve desgastar, abicha 17 mil Euros anuais, mais alcavalas claro está que estas coisas tem sempre alcavalas.

Depois todos comem, nas reuniões das Assembleias de Freguesia, quatro por ano pelo menos, os membros tem sempre direito a cerca de 14 Euros a título de senha de presença, note-se porém que os senhores concorreram aos cargos de forma voluntária, ninguém os obrigou. E se subirmos na cadeia hierárquica até chegarmos ao mais alto magistrado da nação constatamos o mais óbvio que é o facto de este sistema ser um sorvedouro de dinheiro, onde os que pretensamente servem, mais se servem do que efectivamente servem.

Ora e é para manter esta rede de parasitismo, que a nós os pobres desgraçados nos fazem suar as estopinhas de sol a sol para nos arrancarem de qualquer maneira possível os cabedais suficientes para poderem continuar a sustentar esta súcia toda, há quem diga que isto são os custos da Democracia, mas uma vista rápida aos sistemas de outros países onde realmente existe Democracia, revela uma realidade menos custosa ao pobre contribuinte.

Em resumo, nós os pagantes de impostos, trabalhamos essencialmente para que os senhores dos poleiros e as suas redes mafiosas de amigos possam continuar a ter as vidas de fausto que possuem, trabalhamos e pagamos impostos essencialmente para que os senhores das politiqueirices rafeiras possam manter o seu «Statu Quo».

O resto são contos e ilusões, na realidade tudo está montado para que a maralha, seja obediente, subserviente e não faça perigar as elites do polvo mafioso politico nem as suas falcatruas e caciques, que se empanturram qual ratazanas nos celeiros, por favor desmintam se estivermos errados!

Francisco Pereira

 

 

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