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NÓS E OS OUTROS PAISES DO SUL SOMOS ESCÓRIA PARA A EUROPA DO NORTE

03-04-2020 - Eduardo Milheiro

Quando António Costa, o fiel seguidor dos donos da União Europeia, consegue dizer o que disse sobre o Ministro das Finanças Holandês a seguir ao Conselho Europeu por vídeo-conferência, alguma coisa vai mal na Europa, ou não vai, esta foi sempre a Europa que tivemos, as dos ricos do norte e dos pobres do sul.

Considerar discurso do Ministro das Finanças holandês “repugnante” e anti-União Europeia já devia ter sido feito há muito tempo, já no tempo Jeroen Dijsselbloem quando era presidente do Eurogrupo, acusou os europeus do Sul de gastarem dinheiro em “copos e mulheres”.

No final do Conselho Europeu, António Costa disse que “foi um acordo possível mas manifestamente insuficiente” e considerou que o pedido do ministro holandês a pedir que Espanha seja investigada é repugnante e que é contrário ao espírito europeu.

Mas, e há sempre um mas, no nosso caso, não me admira esta desconfianças do holandês e dos seus aliados visto que António Costa para eles cometeu os seguintes erros;

- Fez reposição das 35 horas de trabalho sem pensar nos custos;

- Reduziu o IVA na restauração para 13% sem nada que o tivesse justificado;

- Socorreu bancos de forma manhosa e pouco transparente;

- Aumentou a dívida do SNS para níveis insustentáveis;

- Subiu o défice da balança comercial para qualquer coisa como 164 milhões;

- Subiu a dívida pública para 249,7 mil milhões de euros;

- A carga fiscal equivale hoje a 35,4% do produto interno bruto (nem no tempo da Troika se viu algo assim);

- Fez cativações que degradaram os serviços públicos;

- Mente descaradamente;

- O seu governo é composto por uma rede familiar;

- O seu governo está sempre envolvido em escândalos de corrupção:

- A escolha que fez para o governo a grande maioria é gente sem experiencia nenhuma de vida, incompetentes e mentirosos como ele.

É que tenho alguma dificuldade em aceitar pelo menos que Administração Interna, Saúde, Pescas, Trabalho sejam administrados por quem são, não falando nas secretarias de estado que isso então é o cúmulo da rede familiar de incapazes mas que têm desde miúdos/as o cartão da JS, não servem para nada mas servem para secretários/as de estado.

É pena, que apesar desta panóplia de erros e coisas menos claras, espero sinceramente que António Costa conclua que nós e os dirigentes dos Países do Sul não contamos para nada para os povos do norte, para estas sinistras figuras políticas, Holandesas, Alemães, Finlandesas e Austríacos e outros países de Leste que agora também são da União Europeia, alguns quase que são nazis.

António Costa e seus antecessores passaram vida a beijar a mão à Merkel e na hora da verdade ela alinha com os comparsas holandeses e austríacos.

Mas, e esta é que é a grande questão, ou a Europa faz as Eurobonds ou a União Europeia acaba, e a crise económica a seguir à crise do coronavírus pode ser uma crise com proporções inimagináveis, e talvez se possa pensar numa guerra não sanitária.

A Europa sonhada pelos seus fundadores, solidária, una, sem fronteiras, moeda única, e acima de tudo com todos os europeus unidos a remarem para o mesmo lado não vai acontecer, ou talvez vá mesmo colapsar com os efeitos devastadores que daí advêm. Talvez tenha sido uma visão utópica de sonhadores que não levaram em linha de conta as raças que estavam a querer misturar.

Ao combatermos o agora denominado Codiv19, convêm pensarmos que também é necessário combater o populismo, o fascismo e nazismo, pois a extrema-direita anda aí e temos de a combater, assim como os Trump e Bolsonaros, e na própria União Europeia os Victor Orbán Húngaros, os Polacos, Italianos. Austríacos, Países de Leste governados por fascistas da extrema-direita que admitimos e que por isso são nossos parceiros na União Europeia.

Alarguem mais a União Europeia e deixem entrar mais gente como os Húngaros e os Polacos.

Enfim, temos à frente dos olhos a Europa em que muita gente menos eu que nunca acreditei.

É óbvio que Costa tem governado assim porque os portugueses são pouco ou nada exigentes e porque esperava que a UE nos viesse salvar, seja em sede de crise provocada pelo Covid-19 fosse em caso de bancarrota, o que parece que não vai acontecer, porque a Holanda, Alemanha, Áustria e Finlândia negam a solução Coronabonds. Será que a União Europeia vai ser uma das vítimas da pandemia.

Com Portugal, a aguardar por respostas do Conselho Europeu e amarrado a uma dívida impagável, não terá condições para proteger as pessoas, o emprego e a actividade produtiva.

Nesse sentido, deverá, e pelo contrário, lutar pela reposição da sua soberania monetária e económica e tomar no plano nacional as medidas necessárias para defender os interesses da maioria: investimento nos meios de combate à pandemia, nomeadamente nos sistemas públicos de saúde – infra-estruturas e economia.

Já penso se os ingleses terão tido uma visão que os terá feito procederem ao Brexit e terem-se visto livre deste saco de gatos que é a União Europeia, o que faz que estejam livres de mais esta catástrofe económica, porque da pandemia estão a ser bem atingidos.

Para os católicos resta rezarem e pedirem a Deus que nos proteja, eu acredito que só a força do povo e os resistentes podem resolver isto, nem que seja com o recurso à violência.

Eduardo Milheiro

 

 

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