Crise no GES é "problema sistémico" e reforça necessidade de reestruturar a dívida
11-07-2014 - Marta Moitinho Oliveira
O economista Francisco Louçã, um dos autores da proposta sobre reestruturação da dívida, defende que a crise que o Grupo Espírito Santo (GES) está a atravessar já é um "problema sistémico" e reforça a necessidade de avançar com uma reestruturação da dívida.
"Já temos um problema sistémico. Há um castelo de cartas em que se tirou uma peça e está a cair", disse o ex-líder do Bloco de Esquerda aos jornalistas no final da apresentação da proposta para reestuturar a dívida.
Também por isto, acrescenta o autor, "é necessário reestruturar a dívida para travar a sua contínua subida", defendeu. Além de Louçã, a proposta de reestruturação de dívida é da autoria de Pedro núncio santos (deputado do PS), Ricardo Cabral e Eugénia Pires.
Os títulos do universo Espírito Santo conheceram hoje fortes desvalorizações na bolsa de Lisboa perante dúvidas sobre a situação financeira da 'holding' de topo do grupo, a Espírito Santo International (ESI).
Tanto os títulos do Espírito Santo Financial Group como o BES têm agora os seus títulos suspensos em bolsa, depois de quedas superiores a 10%.
No caso do ESFG, foi o próprio grupo a pedir a suspensão da negociação das acções às 9h00 de hoje. O BES viu as suas suspensas pela CMVM na última hora, à espera de "informação relevante".
A ESI, em falência técnica e com atrasos no reembolso de papel comercial, pondera avançar com um pedido de insolvência para permitir a reestruturação do grupo, caso a renegociação da dívida com os seus credores não chegue a bom porto.
Económico.pt
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