| Desaparecimento de documento histórico da Câmara Municipal de Almeirim investigado pela Polícia Judiciária
06-06-2014 - N.A.
O desaparecimento do um manuscrito d’El Rey D.Sebastião terá desaparecido da Autarquia de Almeirim.
O documento em causa foi comprado pela autarquia no ano de 2004 pelo então Vereador da Cultura a um alfarrabista da Calçada do Combro em Lisboa, que supostamente teria um manuscrito pertencente a El Rey D. Sebastião, no qual constava uma referência a Almeirim.
Como seria do interesse do Município tê-lo como pertencente ao espólio cultural da Autarquia e após ter sido referenciado o documento perante pessoas capazes do autenticar (Professor Eurico Henriques, actual Vereador da Cultura e Doutor António Nabais, historiador e museólogo), o Vereador em exercício propôs ao executivo a aquisição do mesmo, pelo valor de cerca de 4000 euros, algo que foi aceite por todos os intervenientes por unanimidade.
Após a aquisição do documento e do livro Portugal Vinícola no mesmo alfarrabista, acto este presenciado pelo Professor Eurico Henriques, o Vereador João Torres teve o cuidado dos apresentar em reunião pública de Câmara, no sentido de revelar as novas aquisições e de demonstrar a importância das mesmas para o Município, nomeadamente no que dizia respeito ao seu conteúdo.
Passados alguns dias, a então Chefe de Gabinete do Presidente pediu ao Vereador que fosse entregar as aquisições ao seu gabinete, no sentido de ficarem guardados em sítio seguro para que um dia, no futuro, pudessem vir a ser expostos num hipotético núcleo museológico, para assim fazerem parte do seu espólio, tal como confirmou o Vereador: “Lembro-me que, tanto o manuscrito, como o livro, ficaram à guarda da Chefe de Gabinete e do Presidente, na altura a que reporto estes factos”.
Na verdade, o que aconteceu foi que o manuscrito desapareceu, tendo sido já recuperado por parte deste executivo o livro Portugal Vinícola, após procura efectuada nos Paços do Concelho, sendo que, pelo que se sabe, o documento continua ainda desaparecido.
Assim, do manuscrito nem sinal, estando o assunto entregue à Polícia Judiciária que prossegue investigações no sentido de tentar desvendar o que aconteceu ao documento histórico.
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