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Migrantes e refugiados que cheguem ilegais à Grécia vão ser devolvidos à Turquia

11-03-2016 - João Francisco Guerreiro

Na Cimeira com a Turquia os líderes europeus dizem ter encontrado um plano que vai permitir acabar com as rotas ilegais de refugiados entre a Turquia e a Grécia. O acordo final só deve ser assinado na próxima semana.

Qualquer migrante ou refugiado que chegue às ilhas gregas será devolvido à Turquia. Jean-Claude Juncker diz que a União Europeia assume o compromisso de receber refugiados em igual número, que se encontrem em território turco, desde que optem pela via legal.

A ideia, explica o presidente da Comissão Europeia, é acabar com as travessias ilegais. "Fazendo o que pretendemos fazer acabaremos com o modelo de negócio dos traficantes que exploram a miséria humana. Deixaremos claro que apenas os caminhos viáveis são uma oportunidade plenamente legal".

Para Juncker, este será um mecanismo eficaz de dissuasão. "Não haverá mais incentivo para os sírios pagarem a criminosos para os traficarem, cruzado o mar egeu. E, fazendo isso, não vamos apenas enviá-los de volta para a Turquia, mas colocá-los-emos no final da fila para o realojamento", disse.

No final da Cimeira com a Turquia o presidente da Comissão Europeia realçou que o objectivo é fazer o realojamento a partir de território turco e não das praias gregas, o que vai "aliviar alguma da pressão na Grécia, ajudando na abordagem humanitária que está a desenvolver-se rapidamente".

O acordo entre União Europeia e Turquia deve ser assinado na próxima semana. Uma das condições do governo turco para colaborar com a Europa na gestão dos fluxos de migrantes e refugiados é a União Europeia enviar mais dinheiro para a Turquia. O primeiro-ministro turco exigiu 3 mil milhões de euros adicionais, para serem entregues em 2018, dizendo que o orçamento nacional já está significativamente pressionado pela ajuda aos refugiados.

"Temos actualmente 2 milhões e 700 mil refugiados. A Turquia é o maior país de acolhimento do mundo", lembrou Ahmet Davutoglu, "nós já gastámos 10 mil milhões de dólares até agora com os que estão nos campos de refugiados".

Outra das exigências da Turquia é o andamento mais rápido do processo de adesão à União Europeia, mas o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk diz que na Europa também há condições que precisam de estar asseguradas.

"Todos sabemos o quão importante é a liberdade de expressão, um dos pilares dos Direitos Humanos. Sem isso, não pode haver qualquer processo desenvolvimento saudável em qualquer cultura, em qualquer sociedade", realçou o presidente do Conselho Europeu.

Fonte: TSF

 

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