PS sob fogo cerrado por demissão seguida de nomeação no CCB

04-03-2016 - SV

A demissão de António Lamas e consequente nomeação de Elísio Summavielle para o lugar de presidente do Centro Cultural de Belém (CCB) está a gerar uma onda de críticas contra o governo do PS.

Esta segunda-feira, João Soares, ministro da Cultura, demitiu António Lamas, que tinha sido nomeado pelo governo PSD/CDS para a liderança do CCB, conforme tinha prometido, nomeando logo de seguida o seu ex-adjunto Elísio Summavielle para o cargo.

A situação levou o PSD a reclamar a presença do ministro da Cultura no Parlamento, para justificar o processo, e o Bloco de Esquerda também crítica os seus aliados do governo, exigindo um concurso internacional.

O deputado bloquista José Soeiro explicou, conforme declarações divulgadas pela SIC Notícias, que a demissão de António Lamas é “normal, natural e sem drama”.

No entanto, “o que não é normal nem aceitável é que não haja concurso público internacional com a apresentação de um plano estratégico”, frisou.

Da parte do PSD, o vice-presidente Sérgio Azevedo considera, segundo cita a Rádio Renascença, que “é demitida uma personalidade para uma imediata nomeação de uma pessoa próxima do ministro da Cultura”, frisando que Elísio Summavielle “até chegou a ser candidato autárquico nas últimas eleições” e que “é próximo do PS”.

Já o deputado social-democrata Duarte Marques escreveu no Facebook que este caso “diz muito sobre a forma como o PS encara a gestão pública”.

“Estes senhores acham que são donos do regime, os novos Donos Disto Tudo“, escreve o deputado, acusando o PS de “arrogância, prepotência e falta de decoro”.

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