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Solução de desespero no Novo Banco tira milhões a investidores

01-01-2016 - SV

O Banco de Portugal anunciou a capitalização do Novo Banco através de uma medida que retira do passivo da instituição 1985 milhões de euros de dívida detida por grandes investidores, devolvendo-os ao antigo BES.

É uma “solução de quase “desespero””, como destaca o jornal Público, lembrando que o Novo Banco tinha que resolver, antes da chegada de 2016, a insuficiência de capital, conforme os cânones do Banco Central Europeu, para evitar uma situação de resgate interno – o chamado bail-in.

As novas regras europeias em termos de intervenção nos Bancos, que vão entrar em funcionamento no novo ano, ditam que os encargos passem dos contribuintes para os investidores das instituições em causa, envolvendo todos os obrigacionistas, mas igualmente quem tiver depósitos superiores a 100 mil euros.

Governo e Banco de Portugal procuraram a todo o custo que uma situação dessas não ocorresse no Novo Banco e a solução foi devolver 1985 milhões de euros em obrigações sénior, que tinham sido emitidas pelo BES, ao “Banco Mau”.

É um bail-in parcial que atira para os clientes institucionais, os chamados investidores qualificados, como fundos de investimento, de pensões e bancos, os custos deste processo de capitalização que promove a melhoria do balanço do Novo Banco.

“Esta medida protege todos os depositantes do Novo Banco, os credores por serviços prestados e outras categorias de credores comuns”, afiança o Banco de Portugal em comunicado.

Já os investidores afectados perdem as garantias de recuperação do seu dinheiro, sendo muito provável a sua perda total.

Esta redução de passivo permite também ao Banco de Portugal preparar o relançamento da segunda tentativa de venda do Novo Banco que vai ocorrer em Janeiro.

 

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