Portas diz adeus à política – para voltar como candidato a Belém
01-01-2016 - SV
Paulo Portas prepara uma retirada estratégica do mundo da política para se dedicar a projectos editoriais e gerir os bens da família, mas pensando num futuro regresso para concorrer à Presidência da República.
Este cenário é traçado pelo Diário de Notícias que sustenta que Paulo Portas não deixa apenas a liderança do CDS-PP, como já anunciou, mas que também vai sair do Parlamento.
O ex-director do jornal Independente vai voltar ao mundo editorial, vaticina o diário, revelando que se deverá dedicar a “projectos empresariais” e a “gerir os bens da família”.
A publicação refere ainda que Portas pode vir a “dar aulas na Universidade” e também tornar-se comentador político “como substituto de Marcelo Rebelo de Sousa na TVI”.
Este último cenário colocaria o ainda líder do CDS-PP na senda dos passos do actual candidato à Presidência da República, que foi presidente do PSD e que preparou a corrida a Belém com as suas intervenções dominicais na TVI.
Paulo Portas estará precisamente a equacionar “candidatar-se a Belém daqui a 10 anos”, salienta uma fonte não identificada ao DN.
A ideia será afastar-se da vida pública do CDS-PP para assegurar uma “independência financeira” que lhe permita apresentar-se como candidato presidencial daqui a uns anos, segundo refere a dita fonte.
Espera-se, contudo, que o ex-vice-primeiro-ministro continue a exercer a sua influência nos bastidores do partido, nomeadamente na escolha do futuro líder.
Assunção Cristas e Nuno Melo são candidatos favoritos
Neste momento, os nomes mais fortes para a sucessão a Portas são Nuno Melo e Assunção Cristas, actuais vice-presidentes do partido, mas Pedro Mota Soares é também uma possibilidade.
Quem já se retirou da corrida à liderança foi o ex-líder da Juventude Popular, João Almeida, outro dos nomes especulados.
Segundo o Diário de Notícias, Assunção Cristas será a favorita de Portas, mas é Nuno Melo quem será visto no seio do partido como “o natural sucessor” do ex-vice-primeiro-ministro, segundo avança o Público.
Nos próximos dias haverá mais certezas quanto aos candidatos à sucessão e logo se verá a força da influência de Portas na decisão.
Voltar |