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Contra cepticismo de Cavaco, Costa apresenta um "Governo confiante" e de "garantia"

27-11-2015 - TSF/RR

O recém-empossado primeiro-ministro salientou a importância do apoio de uma maioria parlamentar de esquerda, que "dá apoio e confere legitimidade" ao novo Governo do PS.

António Costa garante que o XXI Governo Constitucional que esta quinta-feira tomou posse no Palácio da Ajuda é um “governo confiante” e de “garantia”.

Depois de ter ouvido Cavaco Silva a deixar claro o seu cepticismo quanto à solução governativa a que hoje deu posse, António Costa respondeu dizendo que o seu não é um governo temeroso do futuro, nem preso de movimentos.

“Que não fique a mínima dúvida, este é um governo confiante. Confiante na mobilização do país, capacidade de trabalhão e maioria parlamentar que lhe dá apoio e confere legitimidade.”

A legitimidade do Governo, que depende do apoio parlamentar da esquerda, foi algo que António Costa fez grande questão de salientar várias vezes no seu discurso, apontando as negociações que permitiram acordos com o PCP, Os Verdes e Bloco de Esquerda como a prova de que “a democracia é bem capaz de gerar alternativas”.

António Costa disse também que se trata de um governo de garantias, nomeadamente no que diz respeito aos compromissos do país a nível internacional, com o primeiro-ministro a referir especificamente o projecto europeu, o euro e a NATO, entre outros.

Costa atacou ainda o Governo cessante, dizendo que o executivo que agora toma posse encontra um Portugal que, apesar dos sacrifícios, “está mais pobre e desigual, com uma economia mais fraca e o país mais endividado”, e criticou indirectamente Passos Coelho ao dizer que não trará aos jovens portugueses “palavras inaceitáveis de divisão e desistência, como se não restasse aos jovens outra alternativa que não ir procurar lá fora os sonhos que por alguma razão seriam impossíveis de encontrar cá dentro.”

Mas o novo primeiro-ministro terminou com um público agradecimento aos serviços prestados por Pedro Passos Coelho “As nossas divergências políticas não me impedem de prestar aqui público reconhecimento à dedicação e ao esforço em prol, estou certo, daquilo que era a sua convicção do interesse nacional.”

António Costa terminou com apelos à unidade nacional, dizendo que “agora é o tempo de reunião e não de divisão” e dizendo que o grande programa do seu governo será “a moderação”.

Passavam dois minutos das 16h00 quando António Costa assumiu o compromisso de honra de cumprir "com lealdade" as funções de chefia do XXI Governo Constitucional e assinou o auto de posse, assinado em seguida também pelo chefe de Estado.

A tomada de posse do Governo do PS acontece 53 dias depois das eleições legislativas e 15 dias após o derrube do executivo PSD/CDS-PP na Assembleia da República pelos socialistas, BE, PCP, PEV e PAN, através da aprovação de uma moção de rejeição.

Quem são os ministros de António Costa que tomaram posse ontem.

Primeiro-ministro - António Costa

Ministro das Finanças - Mário Centeno

Ministro Adjunto - Eduardo Cabrita

Ministro dos Negócios Estrangeiros - Augusto Santos Silva

Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa - Maria Manuel Leitão Marques

Ministra da Justiça - Francisca Van Dunem é procuradora-geral adjunta e responsável pela Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa. Nascida a 5 de Novembro de 1955, em Luanda, Angola, veio para Portugal aos 18 anos para tirar o curso de Direito, em Lisboa.

Em 2001, na sequência da carreira como procuradora do Ministério Público em tribunais de Lisboa e Loures, assumiu a coordenação do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa. Foi nomeada, em Janeiro de 2007, procuradora-geral distrital de Lisboa, tendo jurisdição em cinco comarcas (Lisboa, Lisboa-Norte, Lisboa-Oeste, Açores e Madeira), por onde tem passado a investigação de casos complexos, nas áreas das criminalidades económica, violenta e organizada, entre outros.

Tida como reservada, mas com grande capacidade de liderança, Van Dunem chegou a ser apontada, em 2012, como um dos possíveis sucessores de Pinto Monteiro no cargo de procurador-geral da República. É um dos vogais do Conselho Superior do Ministério Público.

Ministra da Administração Interna - Constança Urbano de Sousa

Ministro da Defesa - Azeredo Lopes

Ministro do Planeamento e Infra-estruturas - Pedro Marques

Ministro da Economia - Manuel Caldeira Cabral

Ministro da Trabalho, Solidariedade e Segurança Social - José António Vieira da Silva

Ministro da Saúde - Adalberto Campos Fernandes

A propósito do novo Governo liderado por António Costa, Adalberto Campos Fernandes disse à Lusa que foi convidado para ocupar a pasta da Saúde e que está disponível para assumir estas funções.

O médico de formação, que se destacou na presidência do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (hospitais de Santa Maria e Pulido Valente), era apontado há muito como possível escolha de António Costa para a Saúde. Nascido em Lisboa a 25 de Setembro de 1958, Adalberto Campos Fernandes é licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Lisboa. É especialista e mestre em Saúde Pública.

Após a administração do CHLN, Adalberto Campos Fernandes passou pela gestão do Hospital de Cascais (Parceria Público Privada) e presidiu à comissão executiva do SAMS (Prestação Integrada de Cuidados de Saúde).

Ministro da Educação - Tiago Brandão Rodrigues

Ministro da Ciência Tecnologia e Ensino Superior - Manuel Heitor

Ministro do Ambiente - João Pedro Matos Fernandes

Ministro da Agricultura - Capoulas Santos

Ministra do Mar - Ana Paula Vitorino

Ministro da Cultura - João Soares

Fonte: RR/TSF

 

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