196 Milhões sob suspeita em concurso de helicópteros
06-11-2015 - N.A.
O antigo ministro da Administração Interna estará agora sob suspeita de ter favorecido um ex-sócio no concurso para a operação e manutenção dos helicópteros do Estado.
Este concurso, o maior do género feito em Portugal, envolvia um negócio de 196 milhões de euros e terá ficado sob suspeita enquanto decorria a investigação do processo dos vistos Gold, avança o Correio da Manhã esta quinta-feira.
De acordo com informações apuradas pelo jornal, as autoridades detectaram que Miguel Macedo passou informação sobre o concurso, meses antes de ser tornado público, a Jaime Couto Alves, empresário e ex-sócio do governante.
Na altura em que se começou a falar deste caso, o Ministério Público não quis especificar qual era o concurso público em causa.
No entanto, e de acordo com o documento entregue no gabinete da ainda presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, dizia-se que Miguel Macedo tinha disponibilizado ao empresário “documentação de natureza concursal pública internacional (caderno de encargos) numa fase prévia à sua publicitação”.
Na origem das suspeitas está ainda a Everjets, empresa que ganhou parte do respectivo concurso - manutenção de três helicópteros Kamov e 25 ligeiros num total de 90 milhões de euros – mas que nunca levantou o caderno de encargos.
A investigação está assim a tentar perceber se esta empresa tem alguma relação com o ex-sócio do antigo ministro da Administração Interna.
Além disso, o CM ainda sabe que este concurso para a operação e manutenção dos helicópteros do Estado foi melhorado por Macedo, uma vez que a hora de voo de cada Kamov passou a ser paga a 5925 euros, contra os 5333 euros anteriores.
Tanto o ex-ministro como Jaime Couto Alves são arguidos no mesmo processo baptizado de Operação Labirinto, estando o ex-ministro sujeito a termo de identidade e residência.
Fonte: Zap
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