Ex-apoiantes de costa e amigos de Sócrates ao lado de Assis
06-11-2015 - N.A.
Com o leitão da Mealhada à mesa e uma centena de apoiantes, entre os quais alguns que já estiveram ao lado de António Costa, Francisco Assis começa, nesta sexta-feira, o movimento para se tornar numa alternativa ao actual líder do PS.
Depois de ter anunciado a “rebelião” contra António Costa, Francisco Assis tem recolhido apoios entre os socialistas que estão descontentes com o rumo que o PS está a levar.
O acordo de Esquerda que António Costa está a tentar alcançar com PCP e Bloco de Esquerda – já haverá entendimento firmado com os bloquistas – é o principal motivo da discórdia.
Para Francisco Assis, este pacto de Esquerda é um “erro histórico” que os socialistas poderão vir a “pagar caro”, em declarações ao Público.
“Um Governo do PS apoiado por um partido tão conservador como é o PCP e por um partido tão contraditório como é o Bloco de Esquerda inibe-nos de ter a capacidade de promover as reformas que o país precisa”, considera o eurodeputado socialista.
E há mais socialistas que concordam com ele, pelo menos cerca de uma centena que se espera que marquem presença no encontro de sexta-feira, na Mealhada.
A reunião visa preparar Assis como alternativa a Costa para o próximo congresso socialista, a realizar depois das eleições presidenciais.
Segundo revela uma fonte da organização do encontro ao Correio da Manhã, “até amigos de José Sócrates e pessoas que chegaram a apoiar António Costa” vão estar presentes neste jantar.
Também é certa a participação de elementos da direcção de António José Seguro, designadamente Álvaro Beleza, João Proença e Eurico Brilhante Dias.
O CM acrescenta a presença do deputado socialista Rui Paulo Figueiredo, ex-líder parlamentar do PS na Assembleia Municipal de Lisboa, e de ex-líderes de Federações Distritais como Mota Andrade (Bragança), António Gameiro (Santarém), José Junqueiro (Viseu), João Paulo Pedrosa (Leiria) e Miguel Freitas (Faro).
Entretanto, enquanto procura afirmar-se como alternativa forte a Costa, Assis promete que não vai apelar ao desrespeito dos deputados socialistas pela disciplina de voto no Parlamento.
“Porque a disciplina de voto é importante”, diz Assis ao Público, frisando que o seu não cumprimento poderia deixar o país “num quadro de ingovernabilidade”.
Fonte: SV, ZAP
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