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Cavaco deverá dar posse a António Costa

30-10-2015 - ZAP

Luís Marques Mendes acredita que o Presidente da República não tem outra alternativa senão dar posse a um governo de António Costa, caso o executivo de Passos Coelho seja chumbado no Parlamento pela maioria de esquerda.

No seu espaço de opinião na SIC, este domingo à noite, o conselheiro de Estado e ex-líder do PSD analisou o discurso proferido por Cavaco Silva na quinta-feira, comentando as suas duas partes distintas.

A primeira, onde Cavaco indigitou Pedro Passos Coelho como primeiro-ministro, “foi corretíssima”, defende Marques Mendes, sublinhando que “seguiu a prática do país, foi coerente” e, portanto, “inatacável”.

Por outro lado, na parte em que dirigiu críticas a uma possível coligação da esquerda, Marques Mendes acredita que Cavaco poderia ter “dispensado” essas declarações, seja pelo tom usado, “um pouco excessivo”, ou pelo facto de deixar quase um conselho à violação da disciplina de voto. “Ele não diz isso mas parece, é contraproducente”, afirma.

Marques Mendes considera que o “primado” da Assembleia da República – uma maioria de esquerda a apoiar um governo de Costa – vai impor-se às reticências do Presidente da República e que Cavaco, que não foi claro quanto ao que fará no caso de uma rejeição ao governo de Passos, acabará por dar posse a um governo de esquerda.

“Se o Governo de Passos Coelho chumbar no Parlamento, como é muito provável que aconteça, a minha opinião é que deste discurso se infere que Cavaco Silva vai dar posse, no futuro, a um governo de António Costa” se for apresentado um acordo para esse efeito, refere.

Na opinião do conselheiro de Estado, Cavaco pode e deve impor condições: um acordo escrito, mas também condições no plano da credibilidade internacional, da estabilidade política e da sustentabilidade orçamental. “Cavaco Silva vai dar posse, no futuro, a um governo de António Costa se lhe for apresentado o acordo“, afirmou. “Parece-me óbvio que é isso que vai acontecer”, disse o ex-líder do PSD.

O comentador descartou ainda a hipótese de o Presidente da República optar por um governo de gestão – que seria “um descalabro” -, caso a moção de rejeição ao programa de governo seja aprovada na Assembleia da República, o que implicaria que “só teríamos Orçamento do Estado em Novembro de 2016″.

Apesar da quebra de tradição, de o presidente da AR não ter saído da bancada mais votada, Marques Mendes elogiou a escolha de Ferro Rodrigues, mas não deixou de fazer um reparo: teve um início “pouco feliz” com um discurso “divisionista”.

 

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