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Miguel Macedo terá favorecido “empresa” do amigo para angariação de “Vistos Gold”

18-09-2015 - N.A.

Miguel Macedo terá estado envolvido, com outros arguidos da Operação Labirinto, num plano para a criação de uma espécie de empresa na China que tinha como objectivo angariar potenciais “clientes” para a compra de Vistos Gold.

O jornal Sol noticia que o ex-ministro da Administração Interna foi “apanhado em telefonemas” e em encontros com outros arguidos do caso a falar sobre esses planos com o intuito de “atrair interessados em investir no imobiliário em Portugal”.

Quando foi interrogado na passada semana, Miguel Macedo terá sido confrontado com estes dados e terá sido chamado a justificar estes encontros, bem como “jantares e presentes oferecidos por um cidadão chinês” e “visitas deste a sua casa”.

O Sol fala concretamente de uma reunião mantida a 5 de Maio de 2014 e que terá juntado Miguel Macedo com o chinês Zhu Xaiaodong, com o então presidente do Instituto dos Registos e Notariado António Figueiredo e com o amigo Jaime Gomes e seu ex-sócio na empresa JMF Projects & Business.

Nesse encontro os quatro arguidos do caso terão definido “os termos e propósitos da criação de uma sociedade na China com vista à expansão do negócio”, escreve-se num acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa citado pelo Sol.

Esses planos incluiriam a constituição de uma espécie de “clube de elite” de empresários chineses e portugueses com o pagamento de quotas anuais, refere o mesmo diário.

Sob a particular mirada do Ministério Público estará também uma intervenção de Miguel Macedo considerada “ilegal”, ordenando, enquanto Ministro da Administração Interna, ao então director do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Manuel Palos, que “fosse nomeado um certo oficial de ligação em Pequim”, no sentido de “favorecer” a referida “empresa” de angariação de candidatos a Vistos Gold, conforme cita o Sol.

Desta forma, Miguel Macedo “terá violado «os procedimentos» sem atentar ao interesse público e favorecido «ilegalmente» os «interesses privados lucrativos» de Figueiredo e de Jaime Gomes”, escreve-se no mesmo diário.

O Ministério Público terá ainda o registo de visitas de empresários chineses a casa de Miguel Macedo e “indícios” de que Zhu Xaiaodong ofereceu ao ex-ministro duas garrafas de vinho e três volumes de tabaco.

 

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