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Guterres lamenta bloqueio da Hungria e pede "resposta coerente" da Europa

04-09-2015 - TSF

Em entrevista à CNN, o Alto Comissário para as Nações Unidas, António Guterres queixa-se que o governo húngaro está a impedir a ajuda humanitária em Budapeste, onde estão retidos milhares de refugiados. A Hungria anuncia um endurecimento das leis para quem quer entrar no país.

António Guterres está preocupado com o bloqueio da Hungria a milhares de refugiados retidos em Budapeste.

Numa entrevista à estação de televisão norte-americana CNN, o Alto Comissário da ONU para os Refugiados denunciou a atitude do governo húngaro, que vedou a entrada de ajuda humanitária.

António Guterres fala de um braço-de-ferro. O governo húngaro tem estado a apertar as leis contra a entrada ilegal no país de milhares de refugiados, na maioria sírios, que querem chegar á Alemanha.

Muitos estão retidos nas principais estações de comboio em Budapeste sem poderem viajar e sem qualquer tipo de ajuda imediata por parte das autoridades.

António Guterres diz que vai continuar a insistir com as autoridades húngaras para que prestem auxilio ou então deleguem nas Nações Unidas essa ajuda humanitária.

Para já, a resposta do governo de Busapeste vai no sentido de multiplicar os avisos de que serão sancionados com toda a severidade legal todos aqueles que entrarem nos países sem documentos.

Nesse sentido, Budapeste vai lançar uma campanha de informação nos países de origem e trânsito dos refugiados explicando o endurecimento das leis.

Na entrevista à CNN, o Alto Comissário das Nações Unidas para os refugiados defendeu que a crise dos migrantes requer uma resposta coerente e que só a Europa, com base na solidariedade, a pode fornecer.

Guterres sublinhou que há muito tempo que se anda a falar nas questões legais que envolvem a mobilidade e a livre circulação de pessoas.

"Precisamos de avenidas [ligações] legais para ir para a Europa, para ir para o golfo, onde eu estou agora, e para outros locais de forma a permitir que haja mais reinstalações, mais oportunidades de admissão [de refugiados por motivos] humanitários, reforçar os programas de unificação justos e flexibilizar as políticas de vistos", disse na entrevista à CNN.

"Precisamos de dar uma resposta coerente a esta situação e, na minha opinião, apenas a Europa como um todo, baseada na solidariedade, pode dar essa resposta. Nenhum país isolado o vai conseguir fazer", acrescentou.

 

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